Agora, o torcedor que planeja fazer churrasco para assistir a um jogo terá que pagar cerca de 80% a mais na carne e 24% a mais na bebida do que em 2018.
“A alta da carne está associada a maior demanda global, elevação dos custos de grãos e queda da área de pastagens com a crise hídrica de 2020 e 2021. Cervejas e refrigerantes, em paralelo, tiveram alta relevante de custos, especialmente de embalagens, com cotação em dólares”, explica Vanessa Thomé, líder regional da XP.
Conforme números do IBGE, do Banco Central, da Nike, da Panini e da XP, cerveja, televisores e álbum da Copa também registraram aumento de dois dígitos desde 2018. Veja a comparação abaixo:
O pacote de figurinhas dobrou desde a última Copa do Mundo
Para os que costumam preencher o álbum da Copa, o preço pode assustar: de R$ 2,60 em 2018, os consumidores aram a pagar R$ 4, um aumento de 100%. Já o álbum oficial subiu 16,5%.
9 imagens
1 de 9
Inflação é o termo da economia utilizado para indicar o aumento generalizado ou contínuo dos preços de produtos ou serviços. Com isso, a inflação representa o aumento do custo de vida e a consequente redução no poder de compra da moeda de um país
KTSDESIGN/SCIENCE PHOTO LIBRARY / Getty Images
2 de 9
Em outras palavras, se há aumento da inflação, o dinheiro a a valer menos. A principal consequência é a perda do poder de compra ao longo do tempo, com o aumento dos preços das mercadorias e a desvalorização da moeda
Olga Shumytskaya/ Getty Images
3 de 9
Existem várias formas de medir a inflação, contudo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o mais comum deles
Javier Ghersi/ Getty Images
4 de 9
No Brasil, quem realiza a previsão da inflação e comunica a situação dela é o Banco Central. No entanto, para garantir a idoneidade das informações, a pesquisa dos preços de produtos, serviços e o cálculo é realizado pelo IBGE, que faz monitoramento nas principais regiões brasileiras
boonchai wedmakawand/ Getty Images
5 de 9
De uma forma geral, a inflação pode apresentar causas de curto a longo prazo, uma vez que tem variações cíclicas e que também pode ser determinada por consequências externas
Eoneren/ Getty Images
6 de 9
No entanto, o que influencia diretamente a inflação é: o aumento da demanda; aumento ou pressão nos custos de produção (oferta e demanda); inércia inflacionária e expectativas de inflação; e aumento de emissão de moeda
selimaksan/ Getty Images
7 de 9
No bolso do consumidor, a inflação é sentida de formas diferentes, já que ela não costuma agir de maneira uniforme e alguns serviços aumentam bem mais do que outros
Adam Gault/ Getty Images
8 de 9
Isso pode ser explicado pela forma de consumo dos brasileiros. Famílias que possuem uma renda menor são afetadas, principalmente, por aumento no preço de transporte e alimento. Por outro lado, alterações nas áreas de educação e vestuário são mais sentidas por famílias mais ricas
Javier Zayas Photography/ Getty Images
9 de 9
Ao contrário do que parece, a inflação não é de todo mal. Quando controlada, é sinal de que a economia está bem e crescendo da forma esperada. No Brasil, por exemplo, temos uma meta anual de inflação para garantir que os preços fiquem controlados. O que não pode deixar, na verdade, é chegar na hiperinflação - quando o controle de todos os preços é perdido
coldsnowstormv/ Getty Images
A alta no valor do televisor, de 16,8%, pode ser explicado pelo aumento da demanda durante a pandemia. A camisa da seleção, que ou de R$ 229,90 para R$ 349,90 é resultado de desajustes nas cadeias que fornecem matéria prima para o setor de vestuário, forçando o ree do aumento de custos para os consumidores.
Além dos torcedores caseiros, existem os que preferem acompanhar os jogos em um bar, por exemplo. Nesse caso, o gasto é de cerca de 15% a mais para comprar cerveja e 20% para água e refrigerante. “A inflação é levemente menor em comparação à compra no supermercado, mas vale lembrar que, na média, consumir fora do domicílio é 15% mais caro”, reforça a executiva.