Guedes afirma que vai acelerar privatizações com o apoio de Bolsonaro
Ministro da Economia participou da 20ª conferência anual do Santander, na qual falou sobre as reformas
atualizado
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O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o apoio do presidente Jair Bolsonaro (PSL) às privatizações está aumentando. O chefe do Executivo, disse Guedes federal, entendeu que algumas das estatais estão aparelhadas e sem capacidade de investimento. “Está havendo uma percepção crescente na equipe dele e nós vamos acelerar as privatizações”, declarou o ministro, durante a 20ª conferência anual do Santander, realizada nesta quinta (15/08/2019). São informações do Estadão.
Guedes frisou que a venda desses ativos não tem efeito em curto prazo, mas mudará a trajetória de despesas futuras e abaterá a dívida pública do país. “Dá para reduzir o endividamento. A economia vai crescer, a dívida vai ficando estável e, como porcentagem do PIB, vai diminuindo”, disse.
O ministro ainda sinalizou que quer abrir o mercado de cabotagem. Com isso e mais os investimentos em ferrovias, o país poderá, segundo ele, sair do modal de rodovias. Guedes afirmou ainda que, após o acordo da cessão onerosa, quer entrar numa “rotina de leilões todo ano”.
Ele comemorou ainda a aprovação da MP da Liberdade Econômica, que foi finalizada nessa quarta-feira (14/08/2019) na Câmara. “Estamos muitos seguros e confiantes de que as coisas vão andar direito”, disse.
Hipóteses confirmadas
Para Guedes, o primeiro semestre foi produtivo para a equipe econômica. “Eu trabalhava com algumas hipóteses que foram se confirmando”, disse. O ministro citou o avanço na resolução do acordo sobre a cessão onerosa e na tramitação da reforma da Previdência.
Além disso, ressaltou que o governo tem tido apoio nas pautas econômicas. “Continuo seguro de que estamos no caminho certo, estamos recebendo apoio para as pautas principais. A reforma da Previdência avançou bastante, está na reta final no Senado e tudo indica que vamos conseguir as aprovações sem mudanças substanciais”, comentou.
“Não é o regime de capitalização, que seria o ideal, mas tiramos esse fantasma que ameaçava o futuro do país”, ressaltou o ministro.