Fiscais encontram salmonela em hambúrguer de frigorífico investigado
Produto é feito pela Transmeat, que comercializa a marca Novilho Nobre. Também foram acahdos estafilococos na linguiça cozida da Frigosantos
atualizado
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Fiscais do Ministério da Agricultura encontraram salmonela nos hambúrgueres produzidos pela Transmeat, que comercializa a marca Novilho Nobre. Também foram encontrados estafilococos na linguiça cozida da Frigosantos. Esses foram os riscos à saúde apontados pelos fiscais nas auditorias realizadas nos 21 frigoríficos alvos da Operação Carne Fraca, da Polícia Federal, cujos resultados foram divulgados pelo secretário executivo da pasta, Eumar Novacki.
As linhas de produção desses produtos foram interditadas e a produção será descartada. Esses problemas foram encontrados em oito de um total de 302 amostras analisadas. O consumidor poderá identificar esses produtos pelo SIF impresso na embalagem: 4644 (Transmeat) e 2021 (Frigosantos).
Também foram encontradas fraudes de ordem econômica. Os embutidos produzidos pela Souza Ramos e pela Peccin continham ácido sórbico, um conservante proibido. Os lotes já foram recolhidos. Outra fraude detectada foi excesso de água no frango da BRF processado em Mineiros (GO), que está interditado desde o início da operação, e pela Frango DM.
O governo também iniciou os procedimentos para cancelar a inscrição no Serviço de Inspeção Federal (SIF) de dois frigoríficos da Peccin (SIFs 821 e 2155) e da Central de Carnes, SIF 3796.
Contestação
A BRF contestou alguns dos resultados nas análises de Drip Test — teste que mede o teor de água no descongelamento de carcaças de frango. O frigorífico afirma que os testes, realizados pelo Ministério da Agricultura em frangos congelados produzidos em seis datas distintas na unidade de Mineiros (GO), foram divergentes dos resultados obtidos nos controles feitos diariamente dentro da unidade pela própria empresa.
“Cabe ressaltar que existem inúmeras variáveis que podem interferir nos resultados de Drip Tests realizados em frangos congelados coletados nos centros de distribuição, tais como condições de transporte e acondicionamento do frango assim como questões fisiológicas”, relatou a empresa em nota.
A companhia afirmou, ainda, que solicitou contraprova junto ao Ministério da Agricultura e que está realizando uma “verificação rigorosa nos seus controles de processo na fábrica e centros de distribuição”. “Até uma resposta definitiva, os produtos permanecerão retidos, apesar da inexistência de riscos à saúde do consumidor”, completou a BRF.