Casamentos gays aumentaram 31,2% de 2013 para 2014 no país. No DF, foram 129
No ano ado, 68 casais do sexo masculino e 61 do feminino formalizaram a união. A maior concentração de cerimônias homoafetivas é no Sudeste (60,7%); a menor, no Norte (3,4%). São Paulo é o estado campeão, com 69,9% do total nacional
atualizado
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O número de registros de casamento entre pessoas do mesmo sexo cresceu 31,2% de 2013 a 2014 no Brasil. Foram 1.153 uniões homoafetivas a mais, num total de 4.854 — 50,3% entre cônjuges do sexo feminino e 49,7%, do masculino. No Distrito Federal, foram 129 cerimônias, 68 entre homens e 61 de mulheres.
As informações constam da publicação Estatísticas do Registro Civil 2014, que o IBGE divulga nesta segunda-feira (30/11), e que traz dados sobre nascimentos, casamentos, óbitos e divórcios coletados em todo o País em cartórios de registro civil de pessoas naturais, varas de família, foros ou varas cíveis e tabelionatos de notas.
As Estatísticas do Registro Civil são produzidas pelo IBGE desde 1974, mas os casamentos homossexuais só aram a fazer parte da coleta de dados em 2013, por consequência do marco legal. Em relação aos enlaces entre homens e mulheres, o número cresceu 37,1% de 1974 para 2014. A idade média dos cônjuges ao se casar ou de 27 (homens) e 23 (mulheres), naquele ano, para 33 e 30, respectivamente, ano ado. Já nos casamentos homoafetivos a idade observada foi de 34 anos, tanto para homens quanto para mulheres.
A duração média dos casamentos ou de 19 anos, em 1984, para 15 anos, em 2014. Os mais duradouros estão nos Estados do Pará, Maranhão e Rio Grande do Sul (17 anos); os mais curtos foram registrados no Acre (12 anos).
O IBGE começou a coletar informações sobre divórcios em 1984. Nesses 30 anos, o número cresceu mais de dez vezes: ou de 30,8 mil para 341,1 mil. Apenas na última década, o incremento foi de 161,4%. O divórcio ganha força desde 2010, com o fim da necessidade de separação prévia do casal (ou seja, quem quer desfazer o casamento ou a poder se divorciar a qualquer momento, extinguindo-se os prazos que eram obrigatórios para dar entrada no pedido).
Em 2014, a idade média na data da sentença do divórcio era de 40 anos, entre as mulheres, e 43, entre os homens. A facilitação do divórcio fez aumentar o número de novos casamentos, pois as pessoas aram a ficar livres para novas uniões mais rapidamente.