Aluno que pintou suástica no rosto em formatura é alvo de busca
Computadores e celulares foram apreendidos como parte de investigação contra aluno que tentou se formar com suástica pintada no rosto
atualizado
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A Delegacia de Polícia de Combate à Intolerância (DPCI), da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, cumpriu, nesta quinta-feira (13/3), dois mandados de busca e apreensão em endereços relacionados ao estudante Vinícius Krug. O universitário tentou participar da cerimônia de formatura com uma suástica pintada no rosto, em fevereiro.
Na operação, foram apreendidos computadores e celulares, que serão encaminhados para análise. O jovem formava-se em engenharia de minas.
O que aconteceu
- Vinícius Krug de Souza foi impedido de participar da colação de grau, em 18 de fevereiro, com o símbolo da suástica no rosto.
- A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) registrou a ocorrência.
- De acordo com a universidade, ao ser questionado, ele afirmou que o símbolo no rosto era hindu e negou que estivesse fazendo apologia ao nazismo.
- A Polícia Civil instaurou um inquérito, e o caso é investigado pela Delegacia de Polícia de Combate à Intolerância (DPCI).
Os equipamentos foram apreendidos com apoio do Departamento Estadual de Proteção a Grupos Vulneráveis (DPGV) em Porto Alegre e Novo Hamburgo, na região metropolitana da capital gaúcha.
Como parte do andamento das investigações, até o momento, o deputado estadual Leonel Radde (PT), o vice-reitor da UFRGS, que presidia a formatura, e o coordenador de Segurança da universidade foram ouvidos pela polícia. Novas testemunhas devem prestar depoimento na próxima semana.
O que diz a defesa
Os advogados de defesa de Vinícius, Jader Santos e Olga Popoviche, manifestaram-se em nota sobre o cumprimento dos mandados de busca e apreensão.
De acordo com eles, não existe oposição alguma ao mandado, uma vez que têm “plena confiança de que as investigações demonstrarão a total inexistência de qualquer elemento que justifique um indiciamento”.
“Reiteramos que Vinícius jamais fez apologia ao nazismo ou qualquer ideologia extremista, sendo vítima de um equívoco interpretativo amplificado por setores que, sem compromisso com a verdade, distorceram os fatos e lançaram acusações infundadas contra ele. O próprio conjunto probatório que vem sendo reunido demonstrará que seu histórico, posicionamento e círculo social são totalmente incompatíveis com qualquer vinculação a movimentos de extrema-direita ou ideologias nazistas“, alega o restante da nota.