Maia diz que falta de oxigênio em Manaus resulta de “agenda negacionista”
O presidente da Câmara defendeu o retorno dos trabalhos do Congresso para a próxima semana
atualizado
Compartilhar notícia

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), usou as redes sociais para criticar a falta de ações do governo federal para evitar que o caos na saúde registrado no Amazonas, com falta de oxigênio para atender pacientes infectados com o novo coronavírus.
Sem citar o nome do presidente Jair Bolsonaro, Maia disse que os problemas têm como causas a falta de coordenação entre os estados e municípios e a postura “negacionista” de lideranças políticas.
Veja:
A falta de oxigênio em Manaus, o atraso na vacina, a falta de coordenação com estados e municípios, é resultado da agenda negacionista que muitas lideranças promovem.
— Rodrigo Maia (@RodrigoMaia) January 14, 2021
Em outro post, Maia ressaltou que está na hora de todas as forças se unírem para salvar vidas. “É fundamental – como defendi em dezembro com outros parlamentares – que o Congresso retome suas atividades na semana que vem”, observou.
Em outro post, citando o deputado Delegado Pablo (PSL-AM), que entrou com um pedido de intervenção federal, Maia disse: “O parlamento deveria estar funcionando para discutir a crise no Estado do Amazonas e a questão da vacina”.
O deputado @DelegadoPablo_ entrou com um pedido de intervenção federal. O parlamento deveria estar funcionando para discutir a crise no Estado do Amazonas e a questão da vacina. pic.twitter.com/ZbQOqM2nML
— Rodrigo Maia (@RodrigoMaia) January 15, 2021
O estado do Amazonas, em especial a capital, Manaus, enfrenta colapso na rede de pública de saúde em função do crescimento vertiginoso de casos do novo coronavírus. Sem oxigênio para tender pacientes graves, Manaus precisou transferir 750 pacientes para outros estados. Pessoas morreram sem receber o tratamento adequado.
De saída da presidência da Câmara, Maia chegou a defender que a demora do governo federal em definir um program de vacinação nacional pode acarretar à abertura de um processo de impeachment do presidente Jair Bolsonaro.
Em entrevista ao Metrópoles, ele disse que “a questão da vacina está começando a transbordar para dentro do Parlamento uma pressão que a sociedade poucas vezes fez nos últimos anos”.