Rio: frentista que ia de casa ao trabalho é morto durante ação da PM
Na operação, um PM ficou ferido no pé. Uma terceira vítima, não identificada, também foi ferida na ação, para combater roubos de veículos
atualizado
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Rio de Janeiro – Uma operação da Polícia Militar resultou na morte de um morador de um conjunto habitacional em Tomás Coelho, na zona norte do Rio. A vítima é o frentista Bruno Leonardo Vidal de Almeida, que estava saindo de casa para trabalhar e foi baleado. Bruno foi atingido quando já estava dentro de seu carro, por volta das 6h, e morreu na hora, deixando dois filhos, um de 11 e outro de 18 anos.
Na operação, um PM ficou ferido no pé e socorrido para o Hospital Municipal Salgado Filho, para onde também foi levada uma outra vítima, ainda não identificada que, segundo a corporação, é suspeito de fazer parte de quadrilhas de criminosos que atuam na região.
Roubo de carros
De acordo com o porta-voz da PM, tenente-coronel Ivan Blaz, a ação da polícia, que começou antes das 6h, tinha o objetivo de combater o roubo de veículos e, para isso, contou com o apoio de veículos blindados. A comunidade alvo da operação permanecerá ocupada pela PM, que, segundo o oficial, tem repetido ações semelhantes sempre às sextas-feiras em locais diversos.
“A Polícia Militar tem atuado em ações de ocupação de determinadas comunidades para coibir alguns índices criminais que são de muita relevância para a população do Rio de Janeiro”, afirmou Blaz, em entrevista à TV Globo, acrescentando que os disparo dos militares foram feitos para revidar um ataque que teria sido feito contra uma viatura.
Atraso
A morte de Bruno Leonardo chocou seus colegas de trabalho, que perceberam que havia algo errado quando viram que ele estava atrasado e que havia relatos de tiros na região onde ele morava.
“Queria ligar para ele, mas achamos melhor esperar mais um pouco. (Ele) Não chegou, né? Tem mais de 10 anos que eu conheço o Bruno, e é difícil, cara. Agora a gente vai ter que aprender a conviver sem ele”, lamentou Leonardo Cunha, que ajudou Bruno a conseguir o emprego no posto de combustíveis.
“Ele ficou desempregado, estava rodando como motorista de aplicativo. Ele me ligou, eu fiz uma indicação pra ele trabalhar aqui comigo. A gente se conhecia há mais de 10 anos, a gente é amigo. Infelizmente é mais um pai de família que saiu pra buscar seu sustento e não vai voltar pra casa”, completou o amigo.