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Fotossíntese: saiba como as raras plantas albinas conseguem sobreviver

Plantas albinas são raras e lutam para sobreviver devido à falta de clorofila, mas algumas conseguem se adaptar de formas criativas

atualizado

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Planta fantasma ou seu outro nome comum de 'planta cadáver' (Monotropa uniflora). Plantas albinas
1 de 1 Planta fantasma ou seu outro nome comum de 'planta cadáver' (Monotropa uniflora). Plantas albinas - Foto: Getty Images

As plantas albinas são fenômenos raros e fascinantes no mundo vegetal. A ausência de clorofila, que dá o tom esverdeado às folhas, as torna incapazes de realizar o processo de fotossíntese, a “alimentação” das plantas. Embora o fenômeno coloque em risco sua sobrevivência, algumas conseguem formas de se adaptar e prosperar mesmo sem o pigmento.

As plantas totalmente albinas não conseguem converter a luz solar em energia, um processo vital para a maioria das espécies vegetais. Por isso, na maioria das vezes, elas morrem muito cedo.

De acordo com o biólogo Bruno Henrique Dias, professor da Faculdade Anhanguera, de Brasília, “essas plantas dificilmente sobrevivem por muito tempo”. No entanto, ele esclarece que existem exceções notáveis. “Algumas plantas conseguem sobreviver se forem parasitas de outros vegetais ou se mantiverem uma relação simbiótica com fungos que extraem nutrientes de outras plantas, o que as permite sobreviver”, diz ele.

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Plantas com variegamento são apenas parcialmente albinas
Plantas albinas costumam ser mais frágeis, incluindo a exposição solar
Ausência de clorofila pode atingir folhas de forma desigual
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Planta fantasma (Monotropa uniflora) é 100% albina e depende de fungos para sobreviver

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Plantas com variegamento são apenas parcialmente albinas

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Plantas albinas costumam ser mais frágeis, incluindo a exposição solar

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Ausência de clorofila pode atingir folhas de forma desigual

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Exceções: plantas albinas que sobrevivem com ajuda externa

A Monotropa uniflora, conhecida como “planta fantasma”, é um exemplo notável. Em vez de um caso de albinismo pontual em alguns indivíduos da espécie (como costuma ocorrer na maioria dos vegetais), no caso desta planta a ausência de clorofila está em seu DNA.

“Elas têm suas raízes conectadas a um tipo específico de fungo, chamado fungo micorrízico. Não é raro que plantas se conectem com fungos. O que faz a relação das plantas fantasmas especial é que em vez de produzirem seu próprio alimento através da fotossíntese, elas roubam os açúcares produzidos por outras plantas. Os fungos funcionam como uma rede de canais, transportando os nutrientes das raízes das plantas fotossintéticas para a M. uniflora. É como se houvesse um sistema de canos subterrâneo conectando as duas plantas e permitindo que a fantasma se alimente sem precisar fazer fotossíntese”, explica a bióloga Juliane Ishida, professora do departamento de genética da Esalq-USP e pesquisadora apoiada pelo Instituto Serrapilheira.

Variegamento: o caso das plantas parcialmente albinas

Embora as plantas completamente albinas sejam raras na natureza e dependam de outros seres para seu sustento, há algumas plantas que são parcialmente albinas, uma condição chamada variegamento. Nesses casos, apenas algumas partes da planta são albinas, enquanto outras mantêm a clorofila, permitindo que ela realize a fotossíntese, ainda que de forma incompleta.

“As variegadas podem ocorrer naturalmente, mas normalmente são obtidas por seleção humana (seja na agricultura ou no paisagismo). Algumas mutações específicas são selecionadas e podem afetar genes reguladores da produção de clorofila ou da distribuição de cloroplastos nas células, o que acaba conferindo diferentes cores a uma mesma planta”, esclarece botânico Layon Oreste Demarchi, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) e membro afiliado da Academia Brasileira de Ciências (ABC).

Essas plantas, como a costela-de-adão albina, apresentam áreas brancas nas folhas, mas as regiões verdes continuam desempenhando a fotossíntese. Assim, elas conseguem crescer e se desenvolver de maneira saudável, ao contrário das albinas puras.

Imagem mostra a planta Monstera deliciosa, conhecida popularmente como costela-de-adão, variegata, com várias partes das folhas brancas - Metrópoles
Monstera variegata é um tipo de planta albina comum no paisagismo

Dificuldades das plantas para sobreviverem

Não é fácil, no entanto, para estas plantas garantirem sua sobrevivência. Segundo o biólogo Paulo Teixeira, pesquisador do laboratório de genética e imunologia de plantas da Universidade de São Paulo (USP) e cientista apoiado pelo Instituto Serrapilheira, elas enfrentam muitas vezes um risco aumentado de doenças. Paulo fala por experiência própria: ele tem um laboratório de reprodução de plantas com albinismo.

“A condição pode ser causada por mutações genéticas, deficiências nutricionais, por exemplo, de magnésio, um elemento essencial para a produção de clorofila, e infecções virais. Além disso, pela falta dos pigmentos, elas se tornam muito mais sensíveis à luz”, completa Teixeira.

Além disso, especialistas indicam que o fato de as plantas serem parcialmente albinas pode também afetar sua capacidade de crescer e progredir. “Devido à menor concentração de clorofila nas áreas manchadas, a capacidade fotossintética dessas plantas é geralmente reduzida, o que provavelmente limita seu crescimento em comparação com indivíduos da mesma espécie que não apresentam essas variações”, completa Juliane Ishida, professora do departamento de genética da Esalq-USP e pesquisadora apoiada pelo Instituto Serrapilheira.

Apesar das dificuldades de manutenção, as plantas variegadas, com suas características únicas, são altamente valorizadas no mercado ornamental, sendo muito usadas na decoração de ambientes internos. Assim, as plantas albinas, apesar de sua fragilidade, continuam a ser um enigma fascinante da natureza.

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