Saiba como identificar os principais sintomas da crise de ansiedade
A psicóloga Luísa Rodrigues listou os principais sinais de uma crise de ansiedade e as melhores formas de istrá-la
atualizado
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A ansiedade é um problema de saúde mental que atinge milhares de pessoas no Brasil. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o país lidera o ranking mundial, com cerca de 19 milhões de indivíduos enfrentando essa condição.
Segundo a psicóloga clínica Luísa Rodrigues, embora a ansiedade seja uma resposta natural em situações adversas, ela se torna patológica quando a tentativa de “controlar o incontrolável” se transforma em algo recorrente, impactando o dia a dia dos indivíduos.

Para a especialista, o medo e a insegurança são dois sentimentos que estão por trás da ansiedade, alimentando um ciclo de preocupação e tensão.
“Quando nos deparamos com o que não conseguimos prever, ficamos ansiosos porque não sabemos como lidar com a falta de controle. A pandemia da Covid-19, por exemplo, foi um evento que mostrou como somos vulneráveis e não controlamos nada ao nosso redor”, revela Luísa Rodrigues.
Saiba como identificar os sintomas de ansiedade
Se por um lado precisamos desapegar da tentativa de controle, a especialista reflete que um dos principais os para se manter calmo diante dos problemas cotidianos é compreender os sintomas da ansiedade. Embora cada pessoa sinta de formas diferentes, Luísa revela que é possível mapear alguns sintomas comuns. Confira!
1. Pensamentos catastróficos e excessivos
De acordo com Luísa Rodrigues, um dos sinais comuns de que alguém está enfrentando uma crise de ansiedade é pensar frequentemente em cenários negativos, em que existe uma preocupação de que o pior sempre está prestes a acontecer.
2. Sensação de agitação constante
Outra forma de identificar que está ando por uma crise é percebendo uma inquietação interna que impede o relaxamento. Para Luísa, essa agitação constante também pode comprometer a capacidade de concentração e foco.
3. Sintomas físicos
Ainda de acordo com a especialista, os sintomas emocionais da ansiedade também apresentam reações físicas como palpitações, dores de cabeça, suor nas mãos e pés. “A insônia também é um sintoma muito presente, já que a mente fica hiperativa, dificultando o momento de relaxamento na hora de dormir”, complementa Luísa Rodrigues.
Impactos no dia a dia

O estado constante de alerta e a tentativa de se manter no controle de tudo é um problema que acaba se estendendo para outras esferas da vida. De acordo com Luísa, essa sobrecarga de sentimentos também pode ter um impacto negativo nos relacionamentos interpessoais e até no trabalho.
“Pessoas ansiosas têm dificuldade de confiar nos outros, vivem com medo de que algo ruim aconteça. Isso prejudica laços afetivos e pode tornar as interações nos ambientes mais tensas”, reflete.
No âmbito profissional, a ansiedade gera uma constante sensação de urgência. “É a ideia de que, se as coisas não saírem exatamente como planejado, algo ruim vai acontecer. Essa pressão interna compromete o bem-estar e a produtividade”, reforça Luísa Rodrigues.
Como lidar com a ansiedade?

Para a expert, a melhor aliada para o tratamento da ansiedade é o acompanhamento psicoterápico. “O primeiro o é aprender a lidar com a nossa impotência, sempre entendendo que estamos fazendo a nossa parte. Essa é a minha forma de lidar com aquilo que eu não controlo. E claro, a terapia é sempre indicada para orientar os pacientes nesse caminho”, comenta.
Em casos mais graves, como crises frequentes ou síndrome do pânico, Luísa reflete sobre a necessidade da terapia aliada a consultas com psiquiatra, para que seja avaliada a necessidade de outras intervenções.
Técnicas para aliviar os sintomas

Pensando em meios mais práticos para aliviar na hora que a crise se agrava, Luísa indica técnicas de respiração, que podem ajudar a desacelerar o corpo e a mente. A especialista recomenda sete os para conseguir se manter no “Aqui e Agora”.
1. Feche os olhos e sente-se confortavelmente;
2. Coloque os pés no chão e foque na respiração;
3. Inspire contando até três;
4. Expire lentamente, também contando até três;
5. Repita o ciclo três vezes;
6. Concentre-se nos sons ao redor enquanto mantém os olhos fechados;
7. Abra os olhos lentamente, percebendo como os sintomas diminuem.
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