Sindicato dos Artistas veta Narcisa Tamborindeguy em produto da Globo
A socialite interpretaria ela mesma em uma produção chamada Tem de Tudo, mas o Sindicato não autorizou; Hugo Gross falou com a coluna
atualizado
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O Sindicato dos Artistas do Rio de Janeiro (Sated-RJ) vetou a participação de Narcisa Tamborindeguy em um produto da Globo chamado Tem de Tudo. De acordo com as informações apuradas pela coluna Fábia Oliveira, a socialite ia interpretar ela mesma.
Hugo Gross, presidente da entidade, conversou com a coluna, com exclusividade, e detalhou a situação. Segundo ele, a emissora tem, costumeiramente, escalado pessoas sem o registro profissional de ator.
“Tem vários atores, atrizes desempregados, com registro, e eles querem aumentar a audiência chamando pessoas que não têm absolutamente nada a ver, que são personalidades, que não estudaram, não têm registro profissional. Uma coisa é a pessoa ser muito bacana, nada contra ela [Narcisa], mas por isso que tem que respeitar a CCT [Convenção Coletiva de Trabalho], respeitar a lei. O que o Sated vai fazer é lutar duramente na Justiça. A gente protege o trabalhador da arte”, disse ele.
Gross pontuou, ainda, que em muitos casos, ao solicitar uma autorização especial para alguns, a Globo tem feito o caminho oposto: primeiro faz a gravação com essas pessoas e depois faz o pedido ao Sindicato.
“Se antes eles pedissem e gravassem… Mas eles primeiro gravam e depois pedem. Está tudo errado. Eles negociam e parece que nós somos reféns deles. O Sindicato não é refém. A gente tem que jogar junto. A gente tem um quadro enorme de vários artistas ando necessidade. Eles não estão nem aí”, disparou o presidente do Sindicato dos Artistas.
A não-autorização de Narcisa
À coluna Fábia Oliveira, Hugo Gross explicou o retorno enviado à Globo sobre o veto na participação de Narcisa Tamborindeguy.
“Não foi autorizada no produto Tem de Tudo a participação da Sra. Narcisa Tamborindeguy”, disse o Sindicato dos Atores, que justificou:
“A autorização especial, clausula 27 da CCT, é voltada para pessoas que exerçam a função de ator sem que tenha o registro profissional. Contudo ela representa uma exceção, e não uma prática costumeira para alavancagem de mídia. Portanto, este sindicato prefere, para o caso em tela, a contratação de um dos muitos atores com registro profissional em dia, dos mais diversos perfis que possam prestigiar tecnicamente sua produção”.
Atores mais velhos
Hugo Gross também citou a não-contratação de atores mais experientes por parte da emissora.
“Eles não pegam o idoso, e a gente está aqui para lutar. Inês Galvão, Carlos Vereza, estão todos parados. Estamos aqui pra defender isso. Eles escalam como eles querem”, falou.
“Eles não respeitam a terceira idade. Aí quando morre, eles querem mostrar a história… É uma falta de respeito com quem se dedicou, fez grandes audiências e agora é colocado de lado pra escalar pessoas pra aumento de ibope que tem se mostrado estar cada vez pior”, completou.