PF livra político, que critica Novo por “condenação prévia”
Em relatório final de investigação sobre tráfico internacional de drogas, PF não indiciou ex-candidato a prefeito que foi alvo da operação
atualizado
Compartilhar notícia

A Polícia Federal (PF) concluiu a investigação que apura tráfico internacional de drogas e uma suposta célula do PCC no Guarujá (SP). Foram indiciadas dez pessoas, mas a corporação deixou de imputar crimes a Cláudio Fernando Aguiar, ex-candidato a prefeito da cidade que foi alvo da PF no âmbito da operação Emergentes.
Como mostrou a coluna, Aguiar foi alvo de busca pela PF em 11 de março deste ano após ser identificada uma suposta ligação sua com Bruno Calixta, conhecido como Boy, e um dos indiciados pela corporação.
Na época, Aguiar era filiado ao Partido Novo e chegou a ser candidato a prefeito de Guarujá pela sigla. No entanto, depois de entrar na mira da PF por suposta ligação com o PCC, o partido suspendeu o político.
Aguiar, contudo, criticou o partido por uma “condenação prévia” e diz que “foi provada minha inocência” ao não constar na lista de indiciados na investigação. Ele também diz que figuras “expoentes” da sigla chegaram a fingir que não o conheciam.
“Hoje foi provada a minha inocência e isso não quer dizer que terei a vida de antes das acusações, pois a condenação prévia me surgiu de todos os lados e principalmente do meu partido que além de me afastar sem ao menos uma ligação telefônica, expoentes do partido como Deltan dallagnol, Marina Helena e Marcel Van Hatten, fingiram não me conhecer inclusive deixando de me seguir em redes sociais”, disse.
A investigação conduzida no âmbito da operação Emergentes apura possíveis crimes de organização e associação criminosa para o tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro.
Aguiar virou alvo da corporação por causa de sua relação com Boy, suposto integrante do PCC e principal alvo da investigação ao lado de Gabriel Martinez Souza, o Fant.
Em depoimento, Aguiar afirmou que não conhece Fant, e que conheceu Bruno Calixta ainda na escola. Depois de anos, reencontrou o colega em uma pré-campanha, em 2023, e ambos se reconectaram.
Também afirmou que sabia que “em algum momento, Bruno teve uma vida errada”, e que sentiu-se na obrigação de fazer algo para ajudá-lo. No entanto, disse que “perdeu moralmente essa luta”.