DF descarta caso de gripe aviária em pombo encontrado morto no Zoo
Um irerê (ave semelhante a um pato) encontrado morto do Zoológico de Brasília testou positivo para a gripe aviária
atualizado
Compartilhar notícia
O secretário de Agricultura do Distrito Federal, Rafael Bueno, disse que o pombo encontrado morto no Zoológico de Brasília não estava com gripe aviária, como o irerê que testou positivo para a doença.
“Os animais não estavam juntos. O irerê foi encontrado na sexta-feira e o pombo na segunda-feira, em outra localidade. O resultado da amostra coletada no pombo deu negativo”, afirmou Rafael Bueno, nesta quarta-feira (4/6).
Conforme revelou a coluna Grande Angular, do Metrópoles, um irerê (ave semelhante a um pato) testou positivo para a gripe aviária, nessa terça-feira (3/6), tornando-se o primeiro caso de H5N1 na capital do país.
Segundo o secretário de Agricultura, não foi identificado nenhum outro animal em um raio de 3 quilômetros do Zoológico de Brasília estava com sintomas da doença. “Antecipadamente, assim que iniciamos protocolo de necropsia, deslocamos outras equipes para atuar no raio de 3 quilômetros nos quais foram visitados todos os locais com aves e também casas agropecuárias que fazem comercialização de animais vivos. Não foi localizado nenhum animal morto ou com sintomas da doença”, afirmou.
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, disse que “não há nenhum tipo de alarde” em relação à morte do irerê no Zoológico de Brasília. “É um caso de animal silvestre e que não tem restrição nenhuma. Não traz nenhum tipo de alarde”, declarou, nesta quarta-feira (4/6).
O Zoológico de Brasília ficará fechado, incialmente, até 12 de junho. Se não houver nenhuma outra suspeita da doença, poderá ser reaberto no dia 13.
O secretário de Agricultura alertou a população para que fique atenta aos sintomas da gripe aviária e reporte qualquer suspeita para a pasta, pelo WhatsApp (61) 99154-1539. Os sintomas são:
- Pescoço tombado;
- Tosse;
- Espirro;
- Diarreia;
- Animal cambaleante ou morto.
Baixo risco
O secretário de Saúde do DF, Juracy Lacerda, disse que o vírus H5N1 tem baixa transmissibilidade para humanos. A infecção pode ocorrer em contato com o animal morto e, por isso, qualquer exposição deve ser comunicada.
“Há comunicação com vigilância sanitária e a gente a a monitorar essas pessoas há 10 dias para verificar se vão apresentar sintomas gripais”, afirmou.
Juracy Lacerda informou que oito pessoas que trabalham no Zoológico de Brasília e estiveram “expostas” ao caso do irerê estão sendo acompanhadas pela Secretaria de Saúde, mas nenhuma apresentou sintomas gripais até o momento.
Assista:
EPIs
O irerê foi encontrado morto no Zoológico de Brasília na quarta-feira (28/5). No dia seguinte, a fundação solicitou com urgência para a Secretaria de Saúde a doação de equipamentos de proteção individual (EPIs) para os funcionários, como pares de luvas, máscaras, aventais, macacões, lixeiras e sacos para lixo infectante, álcool em gel e desinfetante.
A Subsecretaria de Logística em Saúde autorizou a doação na segunda-feira (2/6), quatro dias após o pedido e cinco dias depois do animal infectado com a gripe aviária ser encontrado morto.
Veja os itens que a Secretaria de Saúde autorizou doar para o Zoológico de Brasília:
- 3.000 unidades de luva de procedimento não estéril de látex tamanho P;
- 250 unidades de seringa hipodérmica 5ml com agulha com dispositivo de segurança, descartável, estéril;
- 250 unidades de seringa hipodérmica de 10ml sem agulha, descartável, estéril;
- 250 unidades de seringa hipodérmica de 20ml sem agulha, descartável e estéril;
- 560 unidades de avental de procedimento não estéril, tamanho GG;
- 560 unidades de avetal de procedimento não estéril, tamanho EGG;
- 48 frascos de 1.000ml de álcool em gel 70%;
O secretário de Saúde do DF afirmou que o pedido do Zoológico de Brasília ocorreu para robustecer os EPIs do local, ou seja, não faltavam equipamentos de proteção no local. O presidente do Zoo, Walisson de Oliveira, afirmou que a instituição pediu “apoio” à pasta para complementar o estoque.
