Coronel alvo da PF chefiava “Abin paralela” do governo Bolsonaro
Coronel do Exército chefiava “Abin paralela” e acompanhou Jair Bolsonaro nos Estados Unidos; Marcelo Costa Câmara foi alvo de busca da PF
atualizado
Compartilhar notícia

O coronel do Exército Marcelo Costa Câmara, alvo de busca e apreensão da Polícia Federal (PF) na operação que mirou Jair Bolsonaro nesta quarta-feira (3/5), era responsável pela “Abin paralela” do governo Bolsonaro. Câmara acompanhou o ex-presidente nos Estados Unidos ao lado de outros dois militares que foram presos mais cedo.
Em 2020, Câmara era assessor especial do gabinete pessoal do então presidente Bolsonaro. O militar chefiava um serviço de inteligência paralelo do Planalto, onde conduziu investigações e fez dossiês que causaram a demissão de ministros, como mostrou o repórter Thiago Bronzatto.
Nesta quarta-feira (4/5), a PF deflagrou a operação Venire. A casa de Bolsonaro foi alvo de busca e apreensão. Segundo a corporação, falsificaram dados de vacina da Covid o ex-presidente Jair Bolsonaro; sua filha mais nova, Laura Bolsonaro; Mauro Cid, um dos auxiliares de Bolsonaro presos; a esposa de Cid; e a filha de Cid.
O esquema foi descoberto a partir da quebra de sigilo de mensagens de Cid. O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro trocou mensagens pedindo a contatos de Duque de Caxias (RJ) que seu registro e de sua esposa, Gabriela Santiago Ribeiro Cid, fossem adulterados.