Indiciado pela PF, Valdemar escapa da denúncia da PGR
Presidente do PL, Valdemar Costa Neto não consta na lista de indiciados pela PGR no inquérito do golpe, apesar de ter sido indicado pela PF
atualizado
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Um dos cerca de 40 indiciados pela Polícia Federal (PF) no inquérito do golpe, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, escapou da denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao STF nesta terça-feira (18/2).
O nome do cacique do PL não consta em nenhuma das 272 páginas do documento em que o procurador-geral da República, Paulo Gonet, denuncia o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 33 pessoas no âmbito do inquérito.
O relatório final da Polícia Federal, cujo teor foi divulgado em novembro, dizia que Valdemar foi indiciado por atuar “de forma coordenada” para manter Bolsonaro no poder.
Segundo o documento, o presidente nacional do PL teria praticado os crimes de associação criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
A PF havia concluído que o cacique tinha “ciência da falsidade das alegações de fraude eleitoral e, mesmo assim, as utilizou para tentar anular o resultado das eleições de 2022”.
Além disso, segundo a PF, a participação de Valdemar no esquema golpista se deu, entre outras ações, por meio da “Representação Eleitoral para Verificação Extraordinária” junto ao TSE questionando as urnas.
“Essa representação foi elaborada com a participação de diversos membros da organização criminosa, incluindo Carlos Rocha e Éder Balbino, com quem Valdemar mantinha contato direto”, diz um trecho do documento da Polícia Federal.