O destino de Nísia após ser demitida por Lula do Ministério da Saúde
No cargo desde o início do terceiro mandato de Lula, Nísia Trindade foi demitida do comando do Ministério da Saúde na terça-feira (25/2)
atualizado
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Após demitir Nísia Trindade do comando do Ministério da Saúde, o presidente Lula avalia indicar a agora ex-auxiliar para alguma função em organismos internacionais da área.
Segundo apurou a coluna, Nísia poderá ser indicada pelo governo para um cargo na Organização Mundial da Saúde (OMS) ou na Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).
Segundo auxiliares presidenciais, apesar de ter fritado Nísia e de tê-la demitido, Lula tem apreço pela ex-ministra da Saúde e reconhece que ela seria um “excelente” quadro técnico.
A eventual indicação de Nísia para um organismo internacional, porém, não deve ser agora. Nos próximos dias, ela deve fazer a transição para Alexandre Padilha e tirar um período férias.
Após o descanso, Nísia deve voltar para a Fundação Fiocruz, de onde é servidora concursada. A ex-ministra, inclusive, chegou a presidir a entidade durante o governo Bolsonaro.
Nísia achou que poderia escapar
Apesar de estar sendo fritada há dias, Nísia ainda tinha esperanças de que não seria demitida. Segundo aliados, dois fatores levaram a ministra a apostar que Lula poderia ter mudado de ideia
Um deles foi o evento sobre vacinas realizado no Palácio do Planalto nesta terça-feira (25/2). A leitura inicial de Nísia foi que o petista estaria dando mais uma chance a ela com a cerimônia.
Outro movimento que deu esperança a Nísia foi o pronunciamento que Lula fez na segunda-feira (24/2) na TV sobre o desempenho da Farmácia Popular, programa conduzido pelo Ministério da Saúde.
Nada disso, porém, adiantou. Horas após o evento sobre vacinas, Lula chamou Nísia para uma reunião no Planalto e demitiu a ministra. Na sequência, anunciou Padilha como novo titular da Saúde.