Branca de Neve: tudo sobre o figurino da nova (e já polêmica) versão
Criticada pelo público antes mesmo da estreia, a releitura em live-action do clássico da Disney de 1937 tem figurino criado por Sandy Powell
atualizado
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A versão live-action da Disney para o clássico Branca de Neve chega nesta quinta-feira (20/3) aos cinemas e acumula controvérsias que começaram antes mesmo da estreia. Como toda produção de época e fantasia, o longa tem o figurino, assinado por Sandy Powell, como um destaque à parte. A seguir, a coluna conta algumas curiosidades reveladas pela figurinista, que também trabalhou com o estúdio em Cinderela (2015) e O Retorno de Mary Poppins (2018).
Antes, vem saber alguns detalhes:
- Branca de Neve foi a primeira princesa da Disney. Ela aparece no filme de 1937, que também foi o primeiro longa-metragem animado do estúdio e adapta o conto da tradição oral alemã, publicado pelos irmãos Grimm no século 19.
- Com direção de Marc Webb e figurino de Sandy Powell, a releitura da animação em versão live-action e musical tem Rachel Zegler como Branca de Neve, Gal Gadot como a Rainha Má e Ansu Kabia como o caçador.
- Andrew Burnap faz o papel de Jonathan, o interesse amoroso da protagonista, que substitui o príncipe encantado da versão tradicional. O personagem novo é comparado a Robin Wood.
- O currículo de Sandy Powell, figurinista da versão de 2025, acumula 15 indicações ao Oscar, com três vitórias: Shakespeare Apaixonado (1998), O Aviador (2004) e A Jovem Rainha Vitória (2009). Esse último também rendeu um dos três Baftas (o “Oscar britânico”) da artista, que também incluem Velvet Goldmine (1998) e A Favorita (2018).
Branca de Neve
Em entrevista à People, Sandy Powell revelou que as cores do vestido da Branca de Neve são as mesmas da animação de 1937, mas ela trouxe alguns toques originais. Na nova versão, a famosa saia amarela é inicialmente coberta por uma sobressaia azul, que se solta do corpete quando a personagem corre pela floresta.
As mangas bufantes com detalhes vermelhos do vestido na versão animada retornam no live-action. Mas, para deixar o visual com um toque mais medieval, Powell acrescentou mangas compridas.

“Todo mundo conhece aquele figurino, o mundo inteiro. Tinha que ser inconfundivelmente Branca de Neve, ainda que outra versão”, comentou Powell, em vídeo dos bastidores. “Fiz experimentos com muitos azuis diferentes, muitos amarelos, especificamente escolhidos para se adequarem a Rachel.”

Rainha Má
Já o visual glamouroso da Rainha Má tem como referência os opulentos vestidos de noite dos anos 1930, usados pelas estrelas da Era de Ouro de Hollywood. O detalhe é, também, uma homenagem à década da primeira adaptação da Disney para o conto. O acabamento brilhoso do paetê, ao refletir a luz do cenário, revela cores fortes e os detalhes geométricos das peças.
Sofisticado e glamouroso, o visual reflete a vaidade da antagonista da história, sem deixar de lado o aspecto intimidador. A silhueta limpa também é estratégica, pois destaca as joias coloridas e a coroa, inspirada em vitrais.
“A peça central para ela é o icônico vestido roxo com colarinho branco”, comentou Powell sobre o look, cuja capa tem uma cauda de cerca de 30 metros que chega a cobrir as escadas do castelo. “Aquele icônico capuz é realmente essencial, porque tem algo assustador sobre ele. E, então, o formato da coroa funciona com toda a silhueta.”

Veja mais imagens da produção na galeria abaixo:
Polêmicas
A nova versão de Branca de Neve estreia com uma enxurrada de críticas por diversos motivos. Entre eles, a escalação de Rachel Zegler como protagonista, devido à diferença do tom de pele da atriz em relação ao que historicamente foi atribuído à personagem. As críticas dela ao enredo antigo também desagradaram parte do público. Outra controvérsia foi o apoio de Gal Gadot (Rainha Má) a Israel, seu país de origem, diante dos conflitos em Gaza.
A escalação de atores para interpretar os sete anões também dividiu opiniões, levando a Disney a criar os personagens por meio de computação gráfica. Enquanto alguns acreditam que contratar atores reais contribuiria com estereótipos negativos sobre pessoas com nanismo, outros defendem que a escolha pelo CGI tirou oportunidades de trabalho para a comunidade em questão.