Exposição em Paris homenageia o legado do estilista Azzedine Alaïa
A prefeitura da cidade condecorou o ateliê do designer, falecido em 2017, com uma placa comemorativa
atualizado
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O estilista tunisiano Azzedine Alaïa (1935-2017) recebeu recentemente uma homenagem póstuma em seu ateliê. O espaço, no número 18 da Rue de la Verrerie, na capital sa, foi onde ele abriu sua galeria de arte. Atualmente, é lá que a Associação Azzedine Alaïa promove mostras sobre o legado do designer.
Na abertura da nova exposição, Azzedine Alaïa Collectionneur, Adrian e Alaia: A Arte da Alfaiataria (20/1), o local ganhou uma placa comemorativa da prefeitura de Paris, que diz: “Costureiro francês, viveu e trabalhou nesta casa”. O evento teve participação de personalidades como Naomi Campbell, que o chamava de “Papa”, Natalia Vodianova, Jack Lang e o parceiro de Alaïa, Christoph von Weyhe.
A nova mostra traz looks sofisticados de alfaiataria criados por Azzedine Alaïa e peças do figurinista hollywoodiano Gilbert Adrian (1903-1959), responsável por O Mágico de Oz (1939). O tunisiano irava o trabalho de Adrian e tinha uma coleção numerosa de itens dele.
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A exposição exibe vários desses designs e a semelhança entre o trabalho de alfaiataria ao longo da carreira dos dois estilistas. As jaquetas são as peças-chave. Com curadoria de Olivier Saillard, a visitação pública ficará aberta até 23 de junho.
Alaïa marcou o mundo da moda com peças que esculpiam a silhueta feminina. Em 1957, saiu da Tunísia para trabalhar na Dior de Yves Saint Laurent. Até o início da década de 1960, costurava como aluguel para viver na capital sa sob o teto da Condessa Nicole de Blégiers – que também participou do evento e ajudou a fundar a Associação Azzedine Alaïa, em 2007.
Com o tempo, conquistou diversas clientes da alta sociedade e celebridades, como a atriz Arletty e a escritora Louise de Vilmorin. Já em 1981, abriu a própria casa de moda. Com ar vanguardista e sem grandes desconstruções, o estilista fez sucesso nos anos 1980 com sua releitura do tradicional.




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Uma característica marcante do trabalho de Alaïa foi a fuga do calendário de moda tradicional. Seguindo o próprio tempo, apostava em sua moda de luxo discreta.
O estilista morreu em 18 de novembro de 2017. Sua última coleção de couture foi o outono/inverno 2017/2018, mas a casa continua com o prêt-à-porter ativo.




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Colaborou Hebert Madeira