Polêmica: Jade Picon representa mulheres africanas em ação da Arezzo
Nas redes sociais, o público criticou a escolha da influenciadora branca para estrelar a campanha da marca de calçados com a Meninos Rei
atualizado
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Como parte da comemoração de 50 anos de história, a Arezzo lançou uma campanha estrelada por Jade Picon. A jovem influenciadora apresenta calçados desenvolvidos em parceria com a etiqueta Meninos Rei. Nas peças especiais, estampas fazem alusão aos turbantes usados por mulheres negras e africanas. A escolha do rosto para a ação de divulgação foi questionada e criticada na web.
Vem entender a polêmica!
No ano em que a Arezzo completa cinco décadas de trajetória, foram escolhidos cinco nomes da moda brasileira para reinterpretar dos modelos ícones de cada década. A Meninos Rei foi selecionada para representar os anos 1970 em uma releitura da sandália Anabela.
Segundo a etiqueta convidada, a inspiração partiu da própria “ancestralidade”. “As estampas africanas, o patchwork, o nó que faz a amarração foi uma alusão aos turbantes, coroas e símbolo de empoderamento feminino”, explicou em comunicado.
No vídeo da campanha, Jade Picon aparece usando as peças da collab. No entanto, a escolha não agradou internautas, que levantaram reflexões sobre apropriação cultural e representatividade nas redes sociais.




A opção pela artista branca como representação de uma homenagem à cultura africana foi criticada pelos seguidores. “Verdadeiro absurdo, uma mulher branca, milionária e rodeada de privilégios, representar a ancestralidade"> inacreditável como ainda hoje uma marca tão grande cometa um erro, cometa um descaso como esse”, escreveu.
Clara Buarque divide as fotos da campanha com Jade, no entanto, não teve o mesmo destaque que a influenciadora. Nomes como a modelo Sheila Bawar e a cantora Malia, ambas negras, também são estrelas de outras peças da campanha de 50 anos da Arezzo.




Até a publicação desta matéria, a Arezzo não havia respondido aos comentários que criticam a escolha de Jade Picon como a modelo para representar a ancestralidade negra. A coluna entrou em contato com as assessorias da Arezzo e da Meninos Rei, mas as labels não se posicionaram.
Colaborou Luiz Maza