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Com roteiro e cachê: como encenação política desviou R$ 3,5 bilhões

De acordo com as investigações, atores recebiam até R$ 250 por dia para interpretar “eleitores indignados”. Esquema desviou bilhões

atualizado

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Polícia Federal
1 de 1 Polícia Federal - Foto: Reprodução

A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quarta-feira (16/4), a segunda fase da Operação Teatro Invisível, com o objetivo de desmantelar uma organização criminosa que usava atores contratados para influenciar o voto popular e dissimular atos de desinformação durante o período eleitoral. As encenações, roteirizadas e estrategicamente espalhadas pelas redes sociais, eram financiadas com recursos públicos desviados por meio de contratos fraudulentos com prefeituras do Rio de Janeiro.

De acordo com as investigações, atores recebiam até R$ 250 por dia para interpretar “eleitores indignados”, promover falsas denúncias contra adversários políticos e simular conflitos e escândalos em feiras livres, terminais de transporte e outros espaços públicos. As cenas — cuidadosamente roteirizadas — eram gravadas com celulares e disseminadas nas redes como se fossem espontâneas, em uma estratégia coordenada de desinformação eleitoral.

Fraude encenada e financiada
Segundo a PF, os pagamentos aos atores e toda a estrutura de produção do “teatro político” eram bancados com dinheiro público desviado por meio de contratos genéricos de serviços inexistentes, firmados entre prefeituras e oito empresas investigadas. Parte desses recursos, estimados em R$ 3,5 bilhões, teria sido usada para financiar campanhas e influenciar o resultado das eleições de 2024.

Entre os alvos da nova fase da operação estão o prefeito de Cabo Frio, Dr. Serginho (PL), além de candidatos derrotados nas eleições de 2024, como o deputado estadual Valdecy da Saúde (PL), que disputou em São João de Meriti; Aarão (PP), ex-candidato em Mangaratiba; e Rubão (Podemos), que concorreu sub judice em Itaguaí, foi eleito, mas impedido de assumir o cargo.

A Justiça determinou 10 mandados de busca e apreensão, bloqueio de R$ 3,5 bilhões nas contas dos investigados e a suspensão das atividades econômicas das empresas envolvidas. As diligências ocorreram em Cabo Frio, Itaguaí, Mangaratiba, Rio de Janeiro e Juiz de Fora (MG).

Roteiros, encenações e manipulação
Os atores envolvidos relataram que os roteiros incluíam temas sensíveis como segurança pública, corrupção, racismo e violência, com potencial para viralização. As cenas simulavam desde brigas em comícios até denúncias de corrupção que nunca aconteceram. O objetivo era manipular a percepção do eleitorado, atacar adversários políticos e influenciar o voto por meio da emoção e do choque.

A primeira fase da operação, em setembro de 2024, já havia revelado a contratação de “elencos de rua” com atuação em pelo menos 13 cidades fluminenses. Agora, a PF aponta que a estrutura de financiamento estava atrelada a esquemas de caixa dois, fraude em licitações, obstrução da Justiça e lavagem de dinheiro.

Os investigados poderão responder por corrupção eleitoral (compra e manipulação de votos), obstrução de Justiça, associação criminosa, falsidade ideológica eleitoral, fraude em licitação e lavagem de dinheiro. Se condenados, as penas podem ultraar 27 anos de reclusão.

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