Entenda o golpe milionário que brother do BBB 25 é acusado de integrar
Empresa lucrou R$ 2,4 bilhões prometia ganhos de até 33% ao mês sobre o valor investido e retorno de 100%
atualizado
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Em janeiro de 2025, a TV Globo anunciou os participantes da 25ª edição do Big Brother Brasil (BBB), entre eles, o amazonense Marcelo Prata, de 38 anos, que ou apenas uma semana no reality antes da eliminação.
Porém, antes de participar do programa, Marcelo já enfrentava acusações de envolvimento em um esquema de pirâmide financeira da empresa Unick Forex, que lucrou cerca de R$ 2,4 bilhões enquanto esteve ativa.
Esquema da Unick Forex
A Unick Forex, sediada em São Leopoldo (RS), se apresentava como uma empresa de investimentos que prometia retornos financeiros rápidos aos investidores.
Com o investimento inicial baixo, de R$ 90, a empresa fazia a promessa de lucros de até 33% ao mês sobre o valor investido e retorno de 100%, o que atraiu investidores rapidamente.
Para incentivar a expansão da base de investidores, a Unick Forex também oferecia comissões de 10% para aqueles que indicassem novos clientes, o que criou uma estrutura típica de pirâmide financeira, segundo as investigações.
Uma das táticas utilizadas pela empresa era atrair investidores pela internet e, através dos líderes regionais, promover encontros presenciais para apresentar a oportunidade de investimento.
Marcelo Prata é apontado como um dos líderes regionais e, de acordo com investigações da Polícia Federal, recebia bonificações pelo cargo.
O dinheiro investido na Unick Academy era reado para empresas laranjas e movimentado por fintechs, bancos virtuais e contas de terceiros, onde parte dos valores era convertido em bitcoins, o que totalizou R$ 48 milhões segundo as investigações.
No início, alguns investidores receberam retornos via cashback, mas os pagamentos eram sustentados pela pirâmide financeira e dependia da entrada de novos investidores. Além disso, a empresa prometia um “seguro” ligado a uma garantidora cujo dono, preso pela PF, não possuía patrimônio para cobrir os ressarcimentos.
Consequências da Operação Lamanai
Em outubro de 2019, a Polícia Federal deflagrou a Operação Lamanai, que resultou na prisão de 10 pessoas ligadas à Unick Forex e no desmantelamento do esquema. Marcelo não estava entre os detidos.
As investigações revelaram que a empresa movimentava cerca de R$ 40 milhões por dia e que o prejuízo total aos investidores ultraava R$ 12 bilhões, o que afetou mais de um milhão de pessoas.
Além das prisões, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) multou a Unick Forex em R$ 12 milhões por práticas irregulares no mercado financeiro.
A empresa já havia sido notificada anteriormente pela CVM, mas continuou atuando até a intervenção das autoridades.