Saiba quem era brasileira estuprada, esfaqueada e morta na Bolívia
A mulher morou no país por seis anos para cursar medicina
atualizado
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A brasileira encontrada morta em seu apartamento na Zona Norte de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, na última quarta-feira (2/4), é Jenife Silva, 37 anos, de Macapá (AP). A mulher, que morou por seis anos no país, onde cursou medicina, havia retornado ao local recentemente apenas para buscar seu diploma.
Jenife tinha mais de 16 mil seguidores em um de seus perfis nas redes sociais. Ela exibia fotos no outro país e postava registros ao lado de amigos e de seus dois filhos.
A família da brasileira criou um perfil nas redes sociais chamado “Justiça por Jenife” para cobrar as autoridades bolivianas punição ao autor do crime.
O crime
Segundo as autoridades locais, a mulher foi vítima de feminicídio e morreu por asfixia, além de ter sido estuprada e esfaqueada.
Um adolescente, de 16 anos, se apresentou na delegacia após o crime afirmando que estava com a vítima quando ela, supostamente, sofreu um mal súbito durante uma relação sexual, versão que está sendo investigada. A autópsia apontou morte por sufocamento, indicando ação de uma segunda pessoa.
O governo do Amapá informou que custeará o traslado do corpo ao Brasil. O Ministério das Relações Exteriores, por meio do consulado em Santa Cruz, acompanha o caso e presta assistência à família.
Em entrevista à coluna, o advogado Cícero Bordalo Junior, que representa a família, pede um maior rigor nas investigações. “Estamos em contato com o Itamaraty. Acreditamos que o verdadeiro assassino está solto. Seria um ex-namorado dela, um homem que pertence a uma família de alto poder aquisitivo. Os investigadores não fizeram a necropsia de forma imediata e até sugeriram cremar o corpo. Outras provas também ainda não foram periciadas. Suspeitamos, inclusive, que ela pode ser sido dopada”, explicou.