Tribunal do crime: o que falta saber sobre “salve” a menina de 10 anos

Fase em que brincar com as bonecas ainda é a melhor parte do dia e os ursos são como companheiros fiéis na hora de dormir, os primeiros 10 anos de vida costumam ser tranquilos, distantes de qualquer preocupação. No caso de uma menina que vive em Cuiabá (MT), no entanto, o cenário doce foi convertido totalmente no contrário. Vulnerável, ela teve sua inocência abalada por uma série de crimes.

Na última quinta-feira (22/5), a Polícia Civil de Mato Grosso foi acionada para um caso que chocou a todos que tomaram conhecimento da situação. Uma mulher de 35 anos foi denunciada por supostamente ter acionado o tribunal do crime de uma facção para castigar a própria filha – uma criança de 10 anos.

À coluna, a polícia afirmou que recebeu informações de que, naquele dia, o Conselho Tutelar havia sido acionado para atender a uma ocorrência em que duas meninas, de 10 e 13 anos, estavam em um motel com um homem de 63 anos.

Informações obtidas pelos investigadores apontam que, após tomar conhecimento do fato, a mãe da criança de 10 anos teria acionado membros de uma facção criminosa para aplicar um castigo na filha, por não conseguir educá-la.

Ao ser examinada, ficou constatado que a menina apresentava lesões nos braços, antebraço esquerdo, no polegar esquerdo e perna direita. Ela ficou aos cuidados do Conselho Tutelar.

O Conselho Tutelar registrou um boletim de ocorrência de maus-tratos e estupro de vulnerável em Cuiabá.

Uma semana após o registro dos crimes, a polícia afirma não ter atualizações. Ninguém foi preso.

O que falta saber sobre o caso

• As duas meninas, de 10 e 13 anos, foram encontradas em um motel, com um idoso de 63. Ainda não há informações acerca da identidade do homem, tampouco sobre como ele conseguiu levá-las até o local.
• Também não foi divulgado como o homem teria conseguido entrar com as meninas no estabelecimento, uma vez que trata-se de um local para adultos que, geralmente, solicitam documentos de identificação para á-lo.
• Não foi divulgado por quanto tempo as meninas ficaram sob posse do homem, bem como de que forma elas foram encontradas.
• Não se sabe como a responsável pela criança conseguiu contato com os membros da facção. Não ficou claro pela polícia se a mulher tem envolvimento com o crime ou se é uma faccionada.
• Informações de testemunhas dão conta que a própria mãe teria entregado a menina ao Conselho Tutelar, A polícia, no entanto, não se manifestou sobre a versão.
• Não foi informado o que aconteceu com a menina de 13 anos, uma vez que a Polícia Civil informou somente o destino da criança de 10 anos.
• Também não se esclareceu os motivos para ninguém ter sido preso até o momento.