Braga Netto e Heleno copiam silêncio de Bolsonaro à PF
Advogados de Braga Netto e Heleno a mesma seguiram linha de defesa do ex-presidente e orientaram clientes a não responder perguntas
atualizado
Compartilhar notícia

O ex-vice-presidente Walter Braga Netto e o ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno decidiram copiar a linha de defesa de Jair Bolsonaro e se mantiveram em silêncio durante seus depoimentos à Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (22/2). Os três alegaram não ter tido o ao conteúdo das investigações para não responder aos questionamentos sobre um suposto plano de golpe de Estado após as eleições de 2022.
Entre os três, o último a depor foi Braga Netto. Segundo os advogados Marcus Vinícius Figueiredo e Luís Henrique Prata, constituídos pelo ex-vice-presidente na quarta-feira (21/2), “o cliente exerceu o direito de ter o absoluto e integral a toda investigação para que possa prestar os devidos esclarecimentos”.
As investigações sobre a elaboração de um plano para impedir a posse de Lula, eleito em 2022, tiveram por base a delação do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid. O ex-assessor revelou a realização de reuniões com a participação do ex-presidente, Heleno, Braga Netto e militares da ativa, onde o suposto plano teria sido discutido.
No início do mês, a Polícia Federal deflagrou a Operação Tempus Veritatis, que prendeu quatro militares e ex-assessores de Bolsonaro e cumpriu 33 mandados de busca e apreensão. Na operação, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, também foi preso por posse ilegal de arma de fogo, encontrada durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão.