Beijo grego: um guia com cuidados antes da prática de prazer anal
O prazer anal é considerado um grande tabu para alguns, mas muita gente já se rende sem culpa a essa zona erógena, como no beijo grego
atualizado
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Beijar é uma forma de demonstrar afeto, criar laços e sentir prazer. Muitas sociedades têm tradições que envolvem o beijo, que pode indicar alegria ou ser usado como parte de uma saudação. Ele envolve o toque dos lábios nos lábios ou em outra parte do corpo, como a bochecha, a cabeça ou até o ânus de outra pessoa, como acontece no beijo grego.
A técnica consiste em lamber ou acariciar o ânus da parceria com a boca, e contribui para deixar o sexo mais sexy e sair da rotina. Tanto a boca quanto o ânus são regiões que contam com muitos nervos e, quando estimulados, há vasodilatação nessas zonas, provocando picos de prazer durante o sexo.
Como o nome indica, ele surgiu na Grécia Antiga e era praticado apenas por homens, durante orgias, como forma de estimular e lubrificar a região anal para a penetração. Com o tempo, homens e mulheres também aram a praticá-lo. Assim, o beijo grego se tornou uma prática universal.

Apesar dos prazeres, o beijo grego, assim como outras técnicas sexuais requer alguns cuidados. O médico infectologista e influenciador Ricardo Kores viralizou sobre os cuidados necessários para a prática.
Para a Pouca Vergonha, o profissional explicou que o beijo grego ou cunete é a prática de colocar a língua de um indivíduo no ânus de outro, “consistindo em lamber/beijar o ânus para estimular as terminações nervosas ali localizadas e proporcionar prazer.”
No entanto, o beijo grego também oferece riscos à saúde, e podem transmitir infecções se não forem realizadas com as precauções adequadas.
Segundo o especialista, para quem dá o beijo grego, o risco é contrair vírus, bactérias ou parasitas, e o perigo aumenta se na boca da pessoa houver alguma ferida ou afta. E quem recebe o beijo grego também corre risco, pois a boca pode contaminar a região anal.
“O risco é de pegar vírus como hepatite A; alguma verminose, como giardia; e bactérias como shigella, clamídia, gonorreia e sífilis”, exemplifica o profissional.
Ricardo acrescenta que para se prevenir também existem diferentes opções. “A forma de prevenção inclui a vacina hepatite A, que hoje está disponível no SUS para quem faz PREP, exames regulares e tratamento, se necessário, assim que notar algum sintoma diferente”, explica.
O mais importante, segundo o médico, é abandonar o preconceito e compartilhar com o médico para obter melhor tratamento e prevenção.