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“Teve mês em que a única comida era por causa dele. Agora que dura 18 meses, eu fico mais aliviada.” O desabafo é de Luciana Alves dos Santos, 36 anos, moradora de Samambaia Sul e mãe de dois filhos, que teve o benefício renovado.
Ela está entre os milhares de brasilienses que foram beneficiados pelo Cartão Prato Cheio, programa do governo do Distrito Federal que garante alimentação a famílias em situação de vulnerabilidade social.
Luciana foi contemplada com o benefício pela primeira vez durante a pandemia da Covid-19. Desde então, o Cartão Prato Cheio ou de medida emergencial a política pública consolidada, e agora entra em nova fase.
Em 2025, o período de concessão do benefício dobrou, ando de 9 para 18 meses, e o número de atendidos saltou de 400 mil para 520 mil pessoas.
Da ação emergencial à política pública
O Cartão Prato Cheio foi criado em maio de 2020, no auge da pandemia, por iniciativa deste GDF como parte do Auxílio Segurança Alimentar e Nutricional.
A proposta inicial previa o ree de R$ 170 durante três meses para pessoas inscritas no Cadastro Único, com renda per capita inferior a meio salário-mínimo.
O programa ganhou força e foi institucionalizado em 2021 pela Lei nº 7.009. Em julho de 2023, foi aprimorado pela Lei nº 7.294, sancionada pela então governadora em exercício Celina Leão.
Entre 2020 e 2024, o Cartão Prato Cheio beneficiou mais de 650 mil famílias e recebeu um investimento total de R$ 900 milhões.
Desde que foi transformado em política pública permanente, o investimento do GDF no Cartão Prato Cheio cresceu ano a ano: foram R$ 51 milhões em 2021 e R$ 292 milhões em 2024. Com a ampliação em 2025, o valor atualizado deve acompanhar o novo alcance do programa.
Ampliação em 2025 reforça impacto social e econômico
O programa não só estende o tempo de auxílio como reforça o papel na economia local.
Isso porque os R$ 250 por mês são utilizados em comércios cadastrados nas regiões istrativas do DF, uma forma direta de movimentar os pequenos negócios.
“Quando o Cartão Prato Cheio começou, já senti a diferença no caixa. As pessoas vinham comprar o que precisavam. Agora, com esse crescimento, vai ser ainda melhor, tanto para a população quanto para o comerciante. Ainda mais se tratando de uma região com muitas pessoas carentes”, afirma Sebastião Nogueira, 48 anos, dono de um mercadinho na Estrutural.
Seu Tião, como é mais conhecido, destaca ainda que muitos dos produtos que comercializa vêm de fornecedores locais, ampliando o impacto econômico do programa dentro da própria comunidade.