Agora, GDF diz que vai tirar dinheiro de onde for para obra do viaduto
Anúncio chega com atraso, já que governo recebeu pelo menos sete alertas nos últimos oito anos sobre a necessidade de reparos na construção
atualizado
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O GDF vai tirar dinheiro de onde for para bancar as obras do viaduto desabado nessa terça-feira (6/2) no Eixão Sul, na Galeria dos Estados. Foi o que disseram, nesta quarta (7), o secretário da Casa Civil, Sérgio Sampaio, e o diretor do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-DF), Henrique Luduvice. O discurso chega com atraso, considerando o fato de o governo ter recebido pelo menos sete alertas nos últimos oito anos sobre a necessidade de reparos na construção.
“Vamos atender qualquer solicitação necessária. Vamos fazer o escoramento e, a partir desse escoramento, analisar se é possível recuperá-lo ou se teremos que demoli-lo e construir nova estrutura”, disse Sampaio, após reunião no Palácio do Buriti.
Questionado sobre o custo das obras, o diretor do DER informou que os valores estão sendo levantados. “Será caracterizada situação de emergência e nós vamos poder fazer as intervenções necessárias”, garantiu Luduvice, que também participou da reunião durante toda a manhã.
Mané Garrincha
No jogo de empurra-empurra sobre a responsabilidade pelo desabamento do viaduto do Eixão Sul sobrou até para o Mané Garrincha. O chefe da Casa Civil foi curto e grosso: “Construíram um estádio de R$ 2 bilhões e deixaram a cidade à míngua”.
Sampaio não poupou críticas às gestões anteriores do Palácio do Buriti. “Problemas se acumulam há muitos anos e vários governos não fizeram nada”, disse.
Mais uma vez, ele lembrou das dificuldades financeiras quando o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) assumiu o GDF e explicou que, com o orçamento curto, foram eleitas prioridades. Na questão dos viadutos, por exemplo, citou que os recursos disponíveis — cerca de R$ 67,7 milhões — foram utilizados na reforma das estruturas do complexo da Rodoviária.
“Atuamos na área por ser mais delicada. Trata-se de uma região em que circulam mais de 750 mil pessoas por dia. Se houvesse algum problema lá, seria uma catástrofe”, pontuou.