Aluna da UnB que estava desaparecida viajou em busca de emprego no PR
Fati Uthman Suleman, de 25 anos, retornou a Brasília neste domingo (4/5). Ela foi localizada em Umuarama (PR), em boas condições de saúde
atualizado
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A estudante ganense Fati Uthman Suleman, de 25 anos, que ficou seis dias desaparecida, retornou para o Distrito Federal na manhã deste domingo (4/5). Ela foi encontrada pela Polícia Militar do Paraná no município de Umuarama (PR), em boas condições de saúde.
A jovem compareceu à 2ª Delegacia de Polícia (Asa Norte) e esclareceu ter viajado para o Paraná em busca de uma oportunidade de emprego. Todavia, ela foi aconselhada por alguns conterrâneos, que trabalham na cidade vizinha de Cruzeiro do Oeste (PR), a voltar para Brasília e continuar os estudos.
Fati foi localizada a cerca de 1.300 km de Brasília. A jovem foi reconhecida por moradores da cidade paranaense, que acionaram a polícia local.
Estudante do curso de Português como Língua Estrangeira (PLE) na Universidade de Brasília (UnB), Fati é bolsista do Programa de Estudantes-Convênio (PEC-G) e vive na Colina, conjunto residencial da instituição, com outros colegas estrangeiros.
Entenda o caso
- Em 27 de abril, Fati Suleman saiu de casa dizendo que ia a um supermercado da 409 Norte.
- Uma professora da jovem registrou boletim de ocorrência. A ausência dela nas aulas de segunda e terça-feira últimas levou a docente a procurar a Polícia Civil.
- Na sexta-feira (2/5), a PCDF confirmou que Fati comprou uma agem de ônibus com destino a São Paulo e descartou, naquele momento, qualquer indício de que a jovem estivesse em situação de risco.
- Informações preliminares indicavam que ela teria ido encontrar um amigo ganense na capital paulista, mas seu paradeiro permaneceu incerto até esse sábado (3/5).
“Pessoa muito reservada”
Uma amiga de Fati disse à professora que a estudante saiu de casa carregando uma bolsa com pertences e medicamentos, mas sem muitos itens. A maioria dos objetos dela ficou no apartamento, na UnB. O WhatsApp da estrangeira continuava recebendo mensagens, mas ela ocultou a confirmação de leitura.
Segundo Rogério Almeida, servidor da Secretaria de Direitos Humanos da UnB e responsável pelo curso do qual Fati é aluna, a ganense é uma pessoa “muito reservada”. “Ela é tímida, não se abria muito. Alguns alunos da turma dela falam um pouco de português, mas ela ainda não fala”, descreve Rogério.
US$ 1 mil furtados
Fati Suleman veio ao Brasil com 3 mil dólares (aproximadamente R$ 5,7 mil na cotação desta sexta). Assim que chegou ao apartamento da UnB, ela teve US$ 1 mil furtados.
A estudante não registrou boletim de ocorrência sobre o caso. Não há informações sobre suspeitos.
