Ameaça de bomba: homem teve suposto pedido negado em ministério
Acompanhado de mulher grávida e de duas crianças, suspeito teria se recusado a deixar a área do Ministério do Desenvolvimento Social
atualizado
Compartilhar notícia

O homem que teria acendido explosivos semelhante a bombinhas de São-João na área externa do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), na tarde desta quinta-feira (22/5), supostamente teve um pedido negado pelo órgão. Ele foi preso por volta das 17h20 e levado para a 5ª Delegacia de Polícia (Área Central).
Veja imagens:
Trabalhadores do ministério relataram ter ouvido um som de explosão do lado de fora do prédio, que está isolado pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), antes de descerem ao térreo e encontrarem um homem, com uma pasta em mãos e acompanhado de duas crianças e de uma mulher grávida.
A PMDF deslocou uma equipe do Batalhão de Operações Especiais (Bope) até o endereço, por volta das 16h20, para acompanhar a ocorrência, enquanto policiais militares conversam com o homem. O homem estaria com falas desconexas, e há um artefato suspeito em um pacote próximo a ele, na frente da entrada do ministério.
Uma servidora, que não quis se identificar, contou que ouviu sons suspeitos virem do lado de fora. “Quando desci [para o térreo], ele [o homem suspeito de ter uma bomba] estava lá, e a polícia, chegando. Ouvimos um barulho lá de cima, de explosão do lado de fora”, detalhou.
O barulho ouvido pela servidora e por outras pessoas que estavam no local seria das bombinhas atiradas no chão pelo suspeito. Os relatos e a recusa dele em deixar o local levantaram suspeitas da Polícia Militar, que se deslocou até o ministério.
Auxiliar istrativo no órgão, Lorrany Denise disse que acompanhou o momento em que o suspeito começou a gritar, pois tinha feito uma suposta denúncia, mas não conseguiu ser atendido.
“Ele queria falar com algum ministro para resolver uma situação dele, mas a gente não conseguiu entender o que era, porque ele ficava gritando, pedindo para falar com uma autoridade”, disse Lorrany. “Ele está com vários papeis de ocorrência, mas não foi atendido. Ele entrou só na recepção, mas, como chegou alterado, não conseguiu ar dali.”
A reportagem também apurou que, após ser preso, o suspeito alegou que procurava atendimento no ministério para a mãe e para o irmão, que supostamente tem esquizofrenia. Porém, teve essas solicitações negadas e reagiu com falas desconexas. Antes de serem levados para a delegacia, a família foi transportada para um hospital.
Colaborou Carlos Carone