MPF denuncia duas pessoas por incêndio criminoso em reserva do Cerrado
Crime ocorreu em setembro de 2024 e foi uma das queimadas que deixaram o Distrito Federal encoberto por fumaça durante o período da seca
atualizado
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O Ministério Público Federal (MPF) denunciou duas pessoas por provocarem intencionalmente um incêndio na Área de Preservação Ambiental (APA) do Planalto Central, no Distrito Federal. O crime ocorreu em setembro de 2024 e destruiu uma área de 380 hectares – 220 dos quais de vegetação nativa do Cerrado.
À época do incêndio criminoso, o Metrópoles mostrou que câmeras de segurança mostraram o momento em que um carro vermelho se aproxima da área de preservação. Um homem desce do carro, enquanto outro fica no veículo. O que desceu ateou fogo na vegetação e, em seguida, voltou para o veículo, que fugiu do local.
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Saiba mais sobre o caso
- O incêndio ocorreu em setembro de 2024.
- A APA do Planalto Central é uma unidade de conservação federal de uso sustentável, com área de 503 mil hectares de Cerrado – ou 704 mil campos de futebol.
- O fogo destruiu 380 hectares, 220 dos quais eram de vegetação nativa do Cerrado.
Agora, a denúncia será distribuída a algum juiz federal do DF, que decidirá se aceita ou não o processo. O MPF pediu pela condenação dos acusados, com definição de valor mínimo para reparo dos prejuízos causados ao meio ambiente.
Se condenados, os suspeitos podem receber pena superior a nove anos de reclusão por crimes como causar incêndio florestal, dano a unidade de conservação, entre outros.
Fora a APA queimada, o incêndio atingiu terrenos ocupados por chácaras, imóveis e instalações rurais, entre elas as pastagens da Fazenda Brasília Avestruz e da Fazenda São Jerônimo do Buritizinho, bem como uma plantação de café irrigado da Fazenda Buritizinho.