Após infarto, homem aguarda mais de 24h em cadeira para fazer exames
Na UPA de Vicente Pires, o aposentado de 50 anos foi informado no sábado que exames só seriam feitos na segunda e que não hleitos para ele
atualizado
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Sem leitos disponíveis na rede pública do Distrito Federal, o aposentado Flávio Ferreira, 50 anos, aguarda desde às 13h desse sábado (10/5) em uma cadeira de ferro para realizar exames médicos. Ele teve um infarto e foi encaminhado à Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) de Vicente Pires, mas no local foi informado que só poderia ar por exames na segunda-feira (11/5).
“Isso é no terceiro dia de internação”, contou a irmã Alessandra. Ela disse que o irmão está recebendo atendimento em lugar impróprio. “A UPA está lotada e as pessoas estão nos corredores. Acomodamos ele do jeito que arrumamos”, destacou.
Nas imagens enviadas ao Metrópoles, é possível ver Flávio deitado na cadeira em meio a lixeiras no corredor da UPA. Ele está com uma pulseira verde, que pelo protocolo de Manchester para classificação de risco – adotado pela rede pública do DF – significa casos pouco urgentes.
A irmã de Flávio contou que ele está medicado e que falta fazer um ecocardiograma e exame Doppler, que avalia o fluxo sanguíneo em veias e artérias. Os dois procedimentos podem ser feitos na UPA, mas somente a partir da segunda, segundo as informações que Alessandra teria recebido dos médicos na unidade.
Em seguida, ele deve ser indicado para fazer a cirurgia do cateterismo em um hospital da rede ou conveniado. Até o momento, ele segue no aguardo de um leito e dos exames.
Em nota, o Instituto de Gestão Estratégica do Distrito Federal (IGES), que istra as UPAS, informou que o paciente Flávio Ferreira da Silva deu entrada na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) de Vicente Pires no sábado (10/05), encaminhado pela Unidade Básica de Saúde (UBS) 03 de Taguatinga, com queixas de dor no peito, tosse e falta de ar. Ele foi acolhido, ou por avaliação médica e exames iniciais e, diante da suspeita de infarto, teve solicitados de forma imediata exames especializados e vaga hospitalar com e cardiológico, via Central de Regulação.
“A unidade encontra-se operando acima da capacidade física, com número de pacientes internados superior ao previsto. Mesmo assim, o paciente tem recebido acompanhamento contínuo da equipe multiprofissional”, completou.
O Metrópoles procurou na noite deste domingo (11/5) a Secretaria de Saúde para saber informações em relação aos leitos e a falta de um para acolher Flávio, mas ainda não teve resposta.