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Veja as cartas: 7 imagensFechar modal.1 de 7Carta de Jaqueline Konraterial cedido ao Metrópoles2 de 7Bilhete da detenta Maria do CarmoMaterial cedido ao Metrópoles3 de 7Mensagem de Indianara CorrêaMaterial cedido ao Metrópoles4 de 7Indianara sofre de pressão altaMaterial cedido ao Metrópoles5 de 7Nilvana Monteiro sofre de 16 problemas de saúdeMaterial cedido ao Metrópoles6 de 7Uma das detentas reclama pela liberação dos biscoitosMaterial cedido ao Metrópoles7 de 7Pedido por bolachaMaterial cedido ao Metrópoles Atualmente, por conta dos atos democráticos, 751 pessoas seguem presas e 655 foram liberadas para responder em liberdade, com tornozeleiras eletrônicas. Só na última quinta-feira (2/3), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes liberou mais 52 presos. O número tende a aumentar nos próximos dias. Maria do Carmo, 60 anos, está presa na ala D da Colmeia. 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Sem o tratamento, aponta a especialista, o isolamento pode potencializar os problemas de saúde mental. 15 imagensFechar modal.1 de 15Hugo Barreto/Metrópoles2 de 15Atos antidemocráticos do 8 de JaneiroHugo Barreto/Metrópoles3 de 15Manifestantes bolsonarista enfrentam a polícia, invadem e destroem o Congresso Nacional Hugo Barreto/Metrópoles4 de 15Hugo Barreto/Metrópoles5 de 15Hugo Barreto/Metrópoles6 de 15Hugo Barreto/Metrópoles7 de 15Hugo Barreto/Metrópoles8 de 15Bolsonaristas invadiram Congresso, STF e outros prédios públicosHugo Barreto/Metrópoles9 de 15Hugo Barreto/Metrópoles10 de 15Hugo Barreto/Metrópoles11 de 15Ato terrorista de 8 de janeiro em BrasíliaHugo Barreto/Metrópoles12 de 15Manifestantes bolsonarista enfrentam a polícia, invadem e destroem o Congresso Nacional Hugo Barreto/Metrópoles13 de 15Hugo Barreto/Metrópoles14 de 15Hugo Barreto/Metrópoles15 de 15Manifestação golpista de 8 de janeiroHugo Barreto/Metrópoles “A falta de interação com o meio social traz esse baixo senso de utilidade, de você viver à margem da sociedade, de você ser discriminado e a rejeição. Isso atua em áreas do cérebro que são as mesmas em condições de dor. Esses potenciais riscos do isolamento poderiam piorar uma condição já pré-existente de uma questão emocional”, afirma Gebrim. Alice Nascimento precisa de médicos por estar com problemas de esquecimento. “Aqui estou deprimida, o a maior parte do tempo chorando”, conta a mulher, que requer um novo estoque de gardenal. Outra demanda presente nos relatos é referente à distância dos familiares. Viviane Jesus, 44 anos, é uma mãe solteira e conta que tem um filho menor sendo cuidado por uma amiga. Jupira Rodrigues, 57 anos, ressalta ser cuidadora de um rapaz com esquizofrenia e ter dois filhos jovens. Alimentação e a luta por bolachas Indianara Corrêa, 32, faz um grande relato sobre suas condições de saúde. Além de dois nódulos no peito, a mulher fala sobre problemas com hipertensão e que estava sem medicamentos pois tinha uma alimentação correta. “Com a situação e essa alimentação horrível, não tenho como controlar e não ei no médico porque prefiro ficar com a pressão alta do que pedir pra sair daqui”, escreveu a detenta. A hipertensão também é mencionada por Ana Elza, Maria Aparecida, Marília Ferreira e Sandra Maria. Além disso, o mal um dos 16 problemas de saúde vividos por Nilvana Monteiro dentro da Colmeia. A mulher de 50 anos cita sofrer com “nódulos no pescoço, depressão severa, trombofilia, hipertensão desregulada, hérnias, desgaste no quadril, tendinite, bursite, cistite, vascularização comprometida, infecção urinária, nervo trigêmeo inflamado, fungos na unha, diarreia, [dor na] coluna cervical e na lombar”. 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Em cartas, mulheres presas em 8/1 se queixam: “Depressão, diarreia e fome”

O Metrópoles teve o a uma série de pedidos, de dentro do presídio do DF, feitos por presas que participaram dos atos antidemocráticos

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Jaqueline Konrad, 37 anos, vendia comida na cidade de Itajaí, no litoral de Santa Catarina. Desde janeiro, suas refeições mudaram e aram a ser fornecidas pela Secretaria de istração Penitenciária do Distrito Federal (Seape/DF). A mulher está presa, suspeita de participação nos atos antidemocráticos que destruíram os principais prédios da Praça dos Três Poderes em 8 de janeiro.

13 imagens
STF após ataque em 8 de janeiro
O plenário da Corte ficou completamente destruído
STF após ataque em 8 de janeiro
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A tentativa era dar um golpe de Estado

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STF após ataque em 8 de janeiro

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O plenário da Corte ficou completamente destruído

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STF após ataque em 8 de janeiro

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Polícia Federal faz perícia em todas as dependências do STF

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Os vidros do STF foram destruídos

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Bombas de gás foram usadas pela polícia judicial para tentar conter manifestantes

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Breno Esaki/Especial MetrópolesBreno Esaki/Especial Metrópoles

Dentro da Penitenciária Feminina do DF, conhecida como Colmeia, Jaqueline fala sobre a falta de médicos para atender uma micose na virilha. Em um bilhete, a bolsonarista reclama de uma frequente dor na bexiga e comenta que possui ovário policístico, um distúrbio hormonal que pode gerar problemas como irregularidade menstrual e acne.

O registro de Konrad faz parte de uma série de cartas escritas por mulheres que estão presas por atos antidemocráticos, que culminaram nas cenas de terror de 8 de janeiro. O Metrópoles teve o aos manuscritos. Em quase todos os bilhetes, as detentas clamam por tratamento médico para as mais diversas enfermidades. A lista inclui problemas psicológicos e até reclamações de efeitos adversos por conta da vacina contra a Covid-19.

Veja as cartas:

7 imagens
Bilhete da detenta Maria do Carmo
Mensagem de Indianara Corrêa
Indianara sofre de pressão alta
Nilvana Monteiro sofre de 16 problemas de saúde
Uma das detentas reclama pela liberação dos biscoitos
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Carta de Jaqueline Konrad

Material cedido ao Metrópoles
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Bilhete da detenta Maria do Carmo

Material cedido ao Metrópoles
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Mensagem de Indianara Corrêa

Material cedido ao Metrópoles
4 de 7

Indianara sofre de pressão alta

Material cedido ao Metrópoles
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Nilvana Monteiro sofre de 16 problemas de saúde

Material cedido ao Metrópoles
6 de 7

Uma das detentas reclama pela liberação dos biscoitos

Material cedido ao Metrópoles
7 de 7

Pedido por bolacha

Material cedido ao Metrópoles

Atualmente, por conta dos atos democráticos, 751 pessoas seguem presas e 655 foram liberadas para responder em liberdade, com tornozeleiras eletrônicas. Só na última quinta-feira (2/3), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes liberou mais 52 presos. O número tende a aumentar nos próximos dias.

Maria do Carmo, 60 anos, está presa na ala D da Colmeia. A idosa diz que se sente “depressiva” e pede por um tratamento oftalmológico por conta da “visão com manchas escuras”, segundo ela, depois de tomar duas doses de imunizantes contra o coronavírus.

Ao chegarem no sistema prisional, 134 bolsonaristas receberam doses de vacinas em atraso e 64 se recusaram a receber imunizantes contra a Covid-19. As informações estão em um memorando interno da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF).

De acordo com o Seape, dentro das unidades prisionais existem unidades básicas de saúde (UBS) e todas as recém ingressas aram por triagem com profissionais da saúde para identificação de possíveis doenças infectocontagiosas, crônicas e organizar o uso de remédios contínuos. Caso identificado pelo médico da unidade prisional a necessidade de medicamentos, o fármaco é fornecido pela equipe de saúde.

Saúde mental

Boa parte das detentas reclama de questões relacionadas à saúde mental, como depressão e ansiedade. Uma delas narra um quadro mais crítico de síndrome do pânico, causada pelo suicídio repentino do filho, em 2021, durante a pandemia. O evento traumático também gerou um Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG).

Na Colmeia, a Seape disponibiliza um quadro de profissionais focado em saúde mental. São dois psicólogos e um psiquiatra. As detentas podem ser atendidas e, caso necessário, ter medicamentos prescritos.

Adriana Alves revela, por exemplo, conviver com distúrbio bipolar, três tipos de depressão, pressão alta, pré-diabetes e enxaqueca. Maria Eunice também está depressiva, e Luciana Rosa sofre de síndrome do pânico e bipolaridade.

A neuropsicóloga Juliana Gebrim comenta que o acompanhamento devido consegue evitar qualquer piora no quadro psicológico das detentas. Sem o tratamento, aponta a especialista, o isolamento pode potencializar os problemas de saúde mental.

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Atos antidemocráticos do 8 de Janeiro
Manifestantes bolsonarista enfrentam a polícia, invadem e destroem o Congresso Nacional
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Atos antidemocráticos do 8 de Janeiro

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Manifestantes bolsonarista enfrentam a polícia, invadem e destroem o Congresso Nacional

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Bolsonaristas invadiram Congresso, STF e outros prédios públicos

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Ato terrorista de 8 de janeiro em Brasília

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Manifestantes bolsonarista enfrentam a polícia, invadem e destroem o Congresso Nacional

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Manifestação golpista de 8 de janeiro

Hugo Barreto/Metrópoles

“A falta de interação com o meio social traz esse baixo senso de utilidade, de você viver à margem da sociedade, de você ser discriminado e a rejeição. Isso atua em áreas do cérebro que são as mesmas em condições de dor. Esses potenciais riscos do isolamento poderiam piorar uma condição já pré-existente de uma questão emocional”, afirma Gebrim.

Alice Nascimento precisa de médicos por estar com problemas de esquecimento. “Aqui estou deprimida, o a maior parte do tempo chorando”, conta a mulher, que requer um novo estoque de gardenal.

Outra demanda presente nos relatos é referente à distância dos familiares. Viviane Jesus, 44 anos, é uma mãe solteira e conta que tem um filho menor sendo cuidado por uma amiga. Jupira Rodrigues, 57 anos, ressalta ser cuidadora de um rapaz com esquizofrenia e ter dois filhos jovens.

Alimentação e a luta por bolachas

Indianara Corrêa, 32, faz um grande relato sobre suas condições de saúde. Além de dois nódulos no peito, a mulher fala sobre problemas com hipertensão e que estava sem medicamentos pois tinha uma alimentação correta. “Com a situação e essa alimentação horrível, não tenho como controlar e não ei no médico porque prefiro ficar com a pressão alta do que pedir pra sair daqui”, escreveu a detenta.

A hipertensão também é mencionada por Ana Elza, Maria Aparecida, Marília Ferreira e Sandra Maria. Além disso, o mal um dos 16 problemas de saúde vividos por Nilvana Monteiro dentro da Colmeia. A mulher de 50 anos cita sofrer com “nódulos no pescoço, depressão severa, trombofilia, hipertensão desregulada, hérnias, desgaste no quadril, tendinite, bursite, cistite, vascularização comprometida, infecção urinária, nervo trigêmeo inflamado, fungos na unha, diarreia, [dor na] coluna cervical e na lombar”.

Murilo Vilela, médico cardiologista e especialista em insuficiência cardíaca, explica sobre a importância da alimentação para evitar problemas cardiovasculares, principalmente a hipertensão. “O paciente hipertenso não pode ter excesso de sal em sua comida. Não é recomendável que haja abuso de sódio, como comidas muito salgadas, ricas em temperos prontos, molhos, embutidos e enlatados”, diz.

Para o Metrópoles, o Seape compartilhou o cardápio das presas, com quatro refeições diárias:

  • Café da manhã: pão com manteiga ou margarina e um achocolatado.
  • Almoço: 650 gramas, sendo 150g de proteína, 150g de guarnição, 150g de feijão (90g de grão e 60g de caldo) e 200g de arroz. As custodiadas ainda recebem um suco de caixinha.
  • Jantar: 650 gramas, sendo 150g de proteína, 150g de guarnição, 150g feijão (90g de grão e 60g de caldo) e 200g de arroz.
  • Ceia: sanduíche e uma fruta.

Apesar da alimentação, uma bolsonarista reclama de fome e pede com urgência por suas bolachas de doce, que esperam ser liberadas. Os biscoitos podem ser levados por visitantes, mas devem ser revistados em suas embalagens originais e transferidos para embalagem transparente.

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