Novo concurso dos bombeiros do DF é “essencial”, diz comandante-geral
A corporação enfrenta um déficit de 41% de pessoal, e há um grande contingente de militares em condições de reserva nos próximos cinco anos
atualizado
Compartilhar notícia
O comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), coronel Leonardo Duarte Raslan, define o novo concurso público como essencial para o futuro da corporação. O déficit da tropa é de 3.978 militares.
O governador Ibaneis Rocha (MDB) anunciou o novo concurso para recompor o efetivo da instituição responsável por salvamentos, socorro de vítimas, prevenção e combate contra incêndios.
Atualmente, o CBMDF conta com 5.725 militares na ativa. Na Lei nº 12.086/2009, que dispõe sobre o efetivo da corporação, está previsto o efetivo de 9.703 homens e mulheres. Ou seja, o CBMDF tem apenas 59% do quadro necessário.
“O próximo concurso do CBMDF é uma ação essencial para suprir a lacuna de efetivo, garantindo que nossa instituição continue a oferecer um serviço de excelência à população”, pontuou o coronel Raslan.
Reserva
Segundo o comandante-geral, a carência de pessoal na ativa e a previsão de uma significativa saída de militares para a reserva nos próximos anos exigem medidas imediatas.
Caso nada seja feito, a tendência é de aumento do déficit. Dentro dos próximos cinco anos, de acordo com o CBMDF, 1.289 militares têm saída provável para a reserva.
“As futuras convocações refletem o compromisso do Governo do Distrito Federal com a segurança e bem-estar da comunidade, mantendo a qualidade no atendimento de emergências e na prevenção de desastres, fundamentais para a proteção de todos”, afirmou o comandante-geral.
2016
O último certame do CBMDF foi publicado em 2016. O governador Ibaneis autorizou a contratação de uma banca para organizar o novo concurso.
Segundo Ibaneis, o número de vagas do certamente ainda está em estudo. “Mas a ideia é fazer um concurso pelo menos para 5 mil bombeiros. Para que a gente possa ao longo do tempo ir fazendo as nomeações”, comentou.
A ideia é ter um cadastro reserva robusto. “A gente tem que ter um olhar mais adiante lá para frente para não deixar faltar essa força que é tão importante para as pessoas e para o atendimento à comunidade”, argumentou.
Redução de interstício
O GDF também começou estudos para uma nova redução de interstício para acelerar promoções no CBMDF. Segundo o governador, a medida é necessária para evitar mais aposentadorias.
A Lei Federal nº 12.086, de 6 de novembro de 2009, determina a ida automática para a reserva de militares lotados na mesma função ao longo de seis anos.
