Professores grevistas do DF terão ponto cortado a partir desta terça
Educação promete cumprir ordem judicial e cortar pontos de frequência de docentes em greve. Quem faltou nesta segunda terá dia descontado
atualizado
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A Secretaria de Educação do Distrito Federal anunciou que começará, nesta terça-feira (3/6), a cortar os pontos de frequência dos professores da rede pública de ensino que aderiram à greve. A determinação é da Justiça do DF, que prevê ainda multa de R$ 1 milhão ao Sindicato dos Professores do DF (Sinpro-DF) por organizar a paralisação.
Os cortes nos pontos de frequência serão aplicados a partir desta terça-feira (3/6), conforme prevê a decisão judicial. Os professores que faltaram às aulas nesta segunda-feira (2/6) terão o dia descontado. Quanto à multa de R$ 1 milhão em desavor do Sinpro-DF, a medida já está em vigor, segundo pasta.
O Sinpro-DF recorreu da medida judicial, mas o TJDFT manteve a decisão no fim da tarde de sábado (31/5). O Sindicato marcou assembleia para a próxima quinta-feira (5/6), às 9h, no estacionamento do Eixo Cultural Ibero-Americano (antiga Funarte). Professores e orientadores educacionais devem discutir se encerram a greve ou continuam em paralisação.
Até lá, cabe aos próprios professores e orientadores decidirem se seguem ou não com as reivindicações. A Secretaria de Educação ainda apura o número total de docentes que não deram aula nesta segunda-feira (2/6).
Segundo o Sinpro-DF, os educadores cobram reajuste salarial de 19,8% e reestruturação do plano de carreira.
Confira as reivindicações:
- Reajuste de 19,8%;
- Reestruturação do plano de carreira;
- Diminuição do tempo para chegar ao topo da tabela salarial; e
- Pagamento do dobro do percentual de titulação atualmente aplicado para professores ou orientadores educacionais com especialização, mestrado e doutorado. Hoje, esses percentuais são, respectivamente, de 5%, 10% e 15% sobre o vencimento básico.
Mais de 250 escolas 100% paralisadas
Em balanço divulgado nesta segunda-feira, a Secretaria de Educação anunciou que 255 das 713 unidades escolares tiveram 100% das aulas suspensas. A pasta destacou o fato de 458 escolas manterem as aulas — mesmo que em regime reduzido — e afirmou que, nesta terça-feira (3/6), algumas das instituições que tiveram paralisação total voltarão a ter aulas.