Servidora que levou soco na boca em UBS pede medida protetiva contra agressor
A profissional de saúde não conseguiu a proteção por não ter relacionamento com o acusado e caso não se enquadrar na Maria da Penha
atualizado
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Após levar um soco no rosto na Unidade Básica de Saúde (UBS) de Vicente Pires, uma técnica de enfermagem decidiu buscar medida protetiva contra o agressor. O primeiro pedido, contudo, não teve sucesso. Vítima e agressor não têm um relacionamento e, por isso, a princípio, o caso não se enquadra na Lei Maria da Penha.
“Fui na delegacia. Registrei Boletim de Ocorrência. Pedi a medida protetiva. Mas o agente informou que por ser lesão corporal e eu não ter relação nenhuma com o agressor, infelizmente não poderia ter medida, porque ela é vinculada à Maria da Penha”, desabafou a servidora pública.
A reportagem preservará a identidade da profissional de saúde. Ela foi agredida por um idoso de 70 anos. O agressor é dono do prédio onde a UBS está instalada e reside na vizinhança. “Os policiais foram super acolhedores e solícitos.
Mas a Lei é muito falha. E se acontecer o pior? Se ele voltar e fizer o pior? O que vão dizer">
Veja o depoimento da servidora agredida:
https://youtu.be/qsPfKLZeAiE
“Me sinto extremamente desprotegida, extremamente insegura. Perguntei para o policial: ‘E se o agressor continuar indo na UBS? E se ele se achar no direito de fazer isso de novo">