Crítica: “A Vingança Está na Moda” narra um curioso acerto de contas

Dezoito anos depois do último trabalho (“Terras Perdidas”), Jocelyn Moorhouse volta triunfante. Desta vez, a diretora mostra a história de Myrtle ‘Tilly’ Dunnage (Kate Winslet), uma mulher que, ainda criança, saiu da fictícia Dungatar por ter sido acusada de assassinato.

Ao retornar ao velho oeste australiano, ela se depara com uma mãe enlouquecida (Judy Davis) e com uma população careta e cheia de rancor. Afinal, eles não esqueceram o triste episódio que marcou a trajetória de todos.

Mas a vida é irônica. Tilly é uma estilista que já trabalhou com os principais nomes da moda mundial e se veste impecavelmente. Diante de um talento nato, as mulheres da cidade até deixam de lado as desavenças do ado em nome de um belo vestido para um casamento ou qualquer outra ocasião especial.

A trama, com inúmeras reviravoltas, também mostra a tensa relação de Tilly com mãe; o relacionamento com o bonitão Teddy McSwiney (Liam Hemsworth) e a redenção da protagonista — que vai viver grandes tristezas até encontrar a paz que sempre desejou.

Além das surpresas do roteiro, “A Vingança Está na Moda” chama atenção pelo ótimo elenco e pelas doses certas de faroeste, pancadaria, humor e drama. O longa também acerta ao trazer como pano de fundo o feminismo, tema tão em voga e fundamental nos últimos tempos.  

Avaliação: Ótimo

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