Falas de Karla Sofía Gascón contra árabes e o Oscar vêm à tona
Estrela de Emilia Pérez, Karla Sofía Gascón foi criticada por postagens falando sobre a população árabe e sobre o Oscar
atualizado
Compartilhar notícia

Karla Sofía Gascón, estrela de Emilia Pérez, se viu em mais uma polêmica nesta quinta-feira (30/1), após várias postagens antigas dela no X (antigo Twitter), ressurgirem nas redes sociais. Entre os comentários da atriz espanhola, estão falas sobre a crescente presença de árabes na Espanha e críticas sobre a representatividade no Oscar.
Entenda polêmica
- As postagens de Karla Sofia Gascón viralizaram nas redes sociais após declarações dela sobre a equipe de Fernanda Torres e os fãs brasileiros
- Em evento para a divulgação do filme Emilia Pérez, no qual o Metrópoles esteve presente, a atriz relatou que está sendo constantemente bombardeada nas redes sociais por fãs de Fernanda Torres.
- “O que eu não o é que, a cada notícia minha que sai ou a cada programa que participo, apoiadores da Fernanda Torres ou do filme enchem tudo com ‘Fernanda Torres é melhor, você é uma porcaria’, ‘Fernanda Torres tem que participar deste programa’, ‘Fernanda Torres merece tudo’”, disse ela.
- Na entrevista, ela ainda cita que não falará mal de Fernanda ou do filme, mas que “há pessoas que trabalham com Fernanda Torres que falam mal dela e de Emilia Pérez”.
- O posicionamento de Karla deu o que falar nas redes sociais e na mídia mundial, além da possibilidade da atriz ser desclassificada do Oscar 2025 por quebrar as diretrizes da competição.
- A Variety diz, no entanto, que as falas da protagonista de Emilia Pérez não foram diretamente sobre Fernanda e, por isso, ela não teria quebrado protocolos da Academia
Em sua maioria, as postagens foram feitas entre 2020 e 2021 e foram apagadas do perfil da atriz na noite dessa quinta-feira (29/1), segundo a Variety. Os prints, contudo, circularam na rede social ao longo do dia.
Críticas ao Islamismo e outras religiões
Um deles, feito em 22 de novembro de 2020, mostra Karla Sofía Gascón falando sobre a crescente presença de árabes na Espanha.
“Sinto muito, é só impressão minha ou há mais muçulmanos na Espanha? Toda vez que vou buscar minha filha na escola, há mais mulheres com os cabelos cobertos e as saias abaixadas até os calcanhares. No ano que vem, em vez de inglês, teremos que ensinar árabe”, escreveu ela.
Também em 2020, a atriz voltou a falar sobre o tema onde criticou a religião. “O islamismo é maravilhoso, sem nenhum machismo. As mulheres são respeitadas e, quando são respeitadas, ficam com um pequeno buraco quadrado no rosto para que seus olhos fiquem visíveis e suas bocas, mas apenas se ela se comportar. Embora se vistam assim para seu próprio prazer. Quão PROFUNDAMENTE REPUGNANTE DA HUMANIDADE”, escreveu ela.
Em 29 de janeiro de 2021, Karla falou que o “o islamismo não cumpre os direitos internacionais” e que as religiões “devem ser proibidas enquanto não cumprirem com o Direitos Humanos”.
A atriz também teceu críticas a outras religiões que, em sua opinião, violam os direitos humanos. “Estou tão farto de tanta merda, do islamismo, do cristianismo, do catolicismo e de todas as crenças de idiotas que violam os direitos humanos”, escreveu.
Mais críticas
A atriz, que se tornou a primeira mulher trans indicada ao Oscar, também falou sobre a premiação em tweets de 2021. Na ocasião, ela afirmou que: “Cada vez mais o #Oscar parece uma cerimônia de filmes independentes e de protesto, eu não sabia se estava assistindo a um festival afro-coreano, a uma manifestação do Black Lives Matter ou ao 8M”, escreveu. Ela completou dizendo que: “Além disso, uma festa feia, feia”.
Karla Sofía Gascón também falou sobre o assassinato de George Floyd, homem que foi morto por policiais em 2020 nos Estados Unidos e que inspirou uma série de protestos no país. “Eu realmente acho que muito poucas pessoas se importaram com George Floyd, um vigarista viciado em drogas, mas sua morte serviu para demonstrar mais uma vez que há pessoas que ainda consideram os negros como macacos sem direitos e consideram os policiais como assassinos. Eles estão todos errados”, completou.
Em uma postagem seguinte, Karla acrescentou: “Muitas coisas para refletir sobre o comportamento da nossa espécie toda vez que um evento ocorre. Talvez não seja mais uma questão de racismo, mas de classes sociais que se sentem ameaçadas umas pelas outras. Talvez essa seja a única diferença real”.