Ainda estou aqui: como era o mundo do esporte na década de 1970
Época em que o longa estrelado por Fernanda Torres é ambientado foi marcada por triunfos da Seleção Brasileira e anos de chumbo da ditadura
atualizado
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Há quem diga que esporte e política são mundos que não se misturam. Na década de 1970, época em que o filme “Ainda estou aqui”, estrelado por Fernanda Torres, é ambientado, triunfos esportivos marcaram a história e a geração de um Brasil amalgamado na dor dos anos de chumbo da ditadura militar.
Na mesma época em que Eunice Paiva, interpretada por Fernada Torres, lutava contra a angústia do regime militar e comandava o sorriso da sua família em meio à dor, o tricampeonato da Seleção Brasileira e a primeira medalha olímpica do judô nacional trouxeram felicidade ao Brasil.
A maior premiação do cinema internacional acontece neste domingo (2/3), a partir das 21h, e conta com a presença do longa estrelado por Fernanda Torres concorrendo em três categorias. No esquenta do Oscar 2025, o Metrópoles reuniu os principais acontecimentos esportivos brasileiros da década de 1970.
Copa do Mundo de 1970
Sob comando do lendário Zagallo e com o brilho especial do rei do futebol, a Seleção Brasileira conquistou o tricampeonato mundial. No “Oscar do futebol”, Pelé assegurou para a eterniadade a estatueta de maior jogador da história ao liderar o Brasil campeão da Copa do Mundo de 1970.
Em um time recheado de nomes históricos do futebol, como Carlos Alberto Torres, Tostão e Rivelino, a Seleção Brasileira conquistou o Mundial no México. Com um histórico de seis vitórias em seis jogos, 19 gols marcados e apenas sete sofridos o time de 1970 entrou para a história da Amarelinha.
Olimpíadas de 1972
Com uma delegação pequena e apenas duas medalhas de bronze conquistadas, as Olimpíadas de 1972 podem ar batido ao olhar pouco atento do público brasileiro. Os Jogos de Munique, no entanto, reservam um história especial para o judô nacional.
Nascido no Japão, o nissei Chiaki Ishii se naturalizou brasileiro em 1969 e representou o Brasil nos Jogos Olímpicos de Munique 1972. Naquele ano, o judoca se tornou o primeiro brasileiro medalhista olímpico no judô, após conquistar o bronze inédito na categoria meio-pesado.
O nissei Chiaki Ishii foi o percusor da modalidade que mais trouxe medalhas olímpicas ao Brasil em Paris 2024, últimos Jogos Olímpicos disputados. Na capital sa, o judô brasileiro foi o responsável por trazer quatro medalhas para o país, incluindo o primeiro ouro da competição, com Bia Souza.
Fórmula 1
Na década de 1970, o pioneiro Emerson Fittipaldi deu início à trajetória vitóriosa do Brasil no automobilismo. O brasileiro se tornou bicampeão mundial de Fórmula 1 e abriu os caminhos para que brasileiros se interessassem pela modalidade.
Fittipaldi foi campeão da Fórmula 1 em 1972 e 1974. Na primeira conquista o brasileiro era piloto da Lotus e foi, à época, o mais jovem campeão da história da competição. A marca de Emerson foi batida apenas em 2005, por Fernando Alonso. O segundo campeonato do piloto foi conquistado na direção da McLaren.
Aposentadoria de Maria Esther Bueno
A maior tenista da história do Brasil chegou ao fim da sua carreira na década de 1970. Maria Esther Bueno é dona de 62 títulos profissionais em quadras de tênis, sendo 19 em Grand Slams.
Justamente no ano de 1970, Maria Esther Bueno deixou a aposentadoria para voltar a competir. A lendária tenista chegou a subir ao pódio no Aberto do Japão, em 1974,seu último título internacional da história. Em 1977, ela se aposentou oficialmente das quadras de tênis.
Mundial de Clubes de Basquete de 1979
Na década de 1970, o basquete brasileiro ou por uma fase de reformulação. Apesar de alguns anos difíceis em competições internacionais, o Brasil se destacou no Mundial de Clubes de Basquete de 1979, organizado pela FIBA.
Liderado por Oscar Schimidt, o Esporte Clube Sírio foi campeão do torneio em 1979. O time foi o primeiro brasileiro campeão do torneio internacional organizado pela FIBA.
