Estado Islâmico assume autoria de ataque terrorista no Afeganistão
Explosões no Aeroporto Internacional de Cabul mataram ao menos 72 pessoas, sendo 12 militares norte-americanos. Tensão aumenta nos EUA
atualizado
Compartilhar notícia

O grupo terrorista Estado Islâmico Khorasan (EI-K), braço afegão do Estado Islâmico e inimigo do Talibã, assumiu, na tarde desta quinta-feira (26/8), a autoria das explosões no Aeroporto Internacional de Cabul, capital do Afeganistão, que mataram ao menos 72 pessoas, sendo 12 militares norte-americanos.
Segundo a agência internacional de notícias Reuters, a informação foi revelada pelo EI em mensagens do aplicativo Telegram. A agência de notícias Amaq News, ligada ao grupo, também reconheceu a autoria do ataque.
Um homem-bomba teria burlado controles de segurança e se aproximado de tradutores e pessoas que colaboravam com os americanos. Ao todo, 10 mil pessoas se aglomeram na região do aeroporto na tentativa de sair do país.
Tensão nos EUA
As explosões ocorreram depois de a Casa Branca e seus aliados alertarem sobre riscos iminentes de atos terroristas por parte da filial afegã do Estado Islâmico. Os ataques aumentaram a tensão no país.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fez no início da noite desta quinta-feira, um pronunciamento sobre o caso e prometeu uma caçada aos terroristas. O mandatário do país norte-americano manteve a data final para a retirada das tropas americanas no dia 31 de agosto.
A crise
Desde que o Talibã tomou o controle de Cabul, em 15 de agosto, o país entrou em colapso, temendo a interpretação conservadora da lei islâmica.
O Talibã retomou o poder no Afeganistão enquanto os Estados Unidos iniciaram a retirada das tropas militares do país. A presença estadunidense no país asiático fazia parte da Guerra no Afeganistão.
O conflito iniciado após os atentados de 11 de setembro. Em 20 anos, os Estados Unidos gastaram US$ 145 bilhões na Guerra do Afeganistão. Ao todo, 2,5 militares norte americanos morreram.
Em maio, integrantes do Talibã começaram a agir para estender a área de controle, buscando dominar sul, norte e parte do oeste do país. A estratégia usada foi a de conquistar capitais de províncias, até chegar às grandes cidades.