Jihad Islâmica também nega autoria de ataque contra hospital em Gaza
Inicialmente, o ataque foi atribuída a Israel, mas as Forças de Defesa israelenses negaram a autoria e culparam a Jihad Islâmica
atualizado
Compartilhar notícia

O grupo extremista Jihad Islâmica Palestina negou a autoria do bombardeio que atingiu o hospital Ahli Arab, na cidade de Gaza, nesta terça-feira (17/10). O Ministério da Saúde de Gaza informou que há centenas de mortos no local.
Inicialmente, o Hamas informou que o ataque foi causado por Israel. No entanto, as Forças de Defesa israelense alegaram que a explosão teria sido provocada por um foguete lançado pela Jihad Islâmica.
Mas Daoud Shehab, um porta-voz da Jihad Islâmica, afirmou em entrevista ao jornal norte-americano New York Times que não houve ações do braço armado do grupo na região.
“Não houve nenhuma operação das Brigadas Al-Quds [braço armado] na área”, disse Shehab.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, chamou a Jihad Islâmica de “terrorista” e reforçou que as forças israelenses não atacaram o hospital.
“Para que o mundo inteiro saiba: os terroristas bárbaros em Gaza são aqueles que atacaram o hospital em Gaza, não as FDI [Forças de Defesa de Israel]”, escreveu Netanyahu na rede social X (antigo Twitter).
A organização internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) e a Organização Mundial de Saúde, vinculada à Organização das Nações Unidas (ONU), condenaram o ataque ao hospital.
“Estávamos operando no hospital, houve uma forte explosão e o teto do centro cirúrgico caiu. Isso é um massacre”, afirmou Ghassan Abu Sittah, médico do MSF em Gaza.
Jihad Islâmica
A Jihad Islâmica é uma organização militante que desempenha importante papel no conflito entre Israel e Palestina. Fundada na década de 1980, ela é conhecida pela postura radical e pelas ligações estreitas com o Irã.