Parlamento ucraniano aprova estado de emergência. Veja as medidas
Governo pode impor restrições à imprensa e de deslocamento, além de convocar civis para combate armado
atualizado
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O Parlamento da ucraniano (foto em destaque) atendeu ao apelo do presidente Volodymyr Zelensky e aprovou nesta quarta-feira (23/2) um decreto de estado de emergência válido para todo o país pelo prazo de 30 dias.
Agora, o governo pode impor restrições de deslocamento, na distribuição de informações e no que é divulgado na mídia, além de exigir documentação de cidadãos. Todos os homens com idade entre 18 e 60 anos podem ser convocados para combate.
O decreto não é válido para as regiões separatistas de Donetsk e Luhansk, onde já há uma medida do tipo em vigor desde 2014.
Nesta quarta-feira (23/2), ao vivo de Kiev, capital ucraniana, Zelensky alertou sobre os riscos de um conflito entre a Rússia e a Ucrânia, os quais ameaçam toda a Europa. O presidente ucraniano requer mais sanções contra os russos.
Na tentativa de aumentar a proteção dos ucranianos, o governo ou a permitir que civis portem armas e pediu mais arsenal aos países do Ocidente.
“Temos confiança de que o futuro e a segurança da Ucrânia e da Europa estão sendo discutidos agora. É muito importante garantir ações dos monitores europeus de segurança”, afirmou na manhã desta quarta-feira.
Comunidade internacional em alerta
Nesta quarta-feira (23/2), a assembleia geral da Organização das Nações Unidas (ONU) foi tomada por discursos contra o conflito. Representantes da Rússia, Ucrânia, Estados Unidos, além do secretário-geral da entidade, António Guterres, falaram sobre o tema.
Na segunda-feira (21/2), o presidente russo, Vladimir Putin, reconheceu as regiões separatistas como repúblicas independentes. A decisão foi vista como uma ameaça.
Com isso, países como Estados Unidos, Alemanha, França e Reino Unido anunciaram sanções econômicas ao governo russo para isolar Putin.
A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e a União Europeia fizeram alertas para o risco de uma invasão russa ao território ucraniano.
Crise em escalada
A Rússia e a Ucrânia vivem um embate por causa da possível adesão ucraniana à Otan, entidade militar liderada pelos Estados Unidos.
Na prática, Moscou vê essa possível adesão como uma ameaça à sua segurança. Os laços entre Rússia, Belarus e Ucrânia existiam desde antes da criação da União Soviética (1922-1991).
Nos últimos dias, a crise aumentou. A Rússia enviou soldados para a fronteira com a Ucrânia, reconheceu duas regiões separatistas ucranianas como repúblicas independentes e tem intensificado as atividades militares. A Rússia invadiu a Ucrânia em 2014, quando anexou a Crimeia ao seu território.