Presidente panamenho descarta negociar Canal do Panamá com Trump
Presidente José Raúl Mulino disse que a soberania do Panamá sobre o canal é clara, e que não devem existir discussões a respeito do tema
atualizado
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Em meio às ameaças de Donald Trump sobre tomar o controle do Canal do Panamá, o presidente José Raúl Mulino voltou a falar que o controle do local continuará sendo do governo panamenho. A declaração aconteceu nesta quinta-feira (30/1).
Ameaça de Trump contra o Canal do Panamá
- O Canal do Panamá é um importante local de fluxo comercial internacional, e liga os oceanos Atlântico e Pacífico;
- O local já foi istrado pelos EUA até a década de 1970. Um tratado entre o governo norte-americano e o Panamá, de 1977, ou o controle da região para os dois países. Desde 1999, é controlado pelo governo panamenho por meio de uma agência;
- Trump usa supostas violações em termos do acordo como motivação para retomar o controle do Canal do Panamá.
Em entrevista coletiva semanal, Mulino foi questionado se o governo Panamá poderia entrar em negociações com a istração de Donald Trump sobre o assunto, a fim de aliviar as recentes tensões com os EUA. O líder panamenho respondeu que não existem “discussões alguma” sobre o tema.
“O Canal do Panamá é controlado pelo Panamá, e a istração do mesmo sempre esteve nas mãos panamenhas. O Panamá é um país soberano, colaborador das boas causas, e seu canal é neutro por imposição de um tratado assinado entre Panamá e EUA, e aderido por mais de quarenta nações do mundo”, declarou Mulino. “É clara a soberania do Panamá sob o canal. Não existe discussão alguma sobre esse tema”.
Apesar das ameaças do presidente norte-americano, o mandatário panamenho disse esperar que a situação seja resolvida com “racionalidade”, “diálogo” e “acompanhamento internacional”. O que, segundo Mulino, não deve ser confundido com “subordinação”.
Durante a posse presidencial, Trump afirmou que a istração do Panamá tem violado o acordo entre o país caribenho e os EUA, com embarcações norte-americanas sendo tratadas de forma “injusta” na região. Sem provas, o presidente republicano ainda acusou a China de obter vantagens no Canal do Panamá.