Rússia diz que Ucrânia prepara ataques contra Moscou no Dia da Vitória
Autoridades mundiais, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), estarão presentes nas comemorações do Dia da Vitória, em Moscou
atualizado
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Restando oito dias para o desfile do Dia da Vitória, o governo da Rússia acusou o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, de preparar ataques contra Moscou, onde o evento ocorrerá. A expectativa é de que as comemorações reúnam diversas lideranças mundiais, como o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Em declaração à mídia estatal na quarta-feira (30/4), a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zakharova, disse que as recentes declarações de Zelensky dão todos os sinais de que uma operação militar contra a capital russa pode acontecer em 9 de maio, mesma data em que Moscou recebe os desfiles e festividades que relembram os 80 anos da vitória da extinta União Soviética contra a Alemanha Nazista.
Um dia antes, o líder ucraniano revelou uma reunião com o Conselho de Segurança e Defesa Nacional, com o objetivo de pressionar a Rússia a negociar.
“Estamos identificando precisamente os pontos de pressão da Rússia que impulsionarão Moscou de forma mais eficaz em direção à diplomacia”, disse Zelensky em um comunicado. “No momento, eles estão preocupados se conseguirão realizar seu desfile militar – e com razão. Mas o que realmente deveria preocupá-los é que esta guerra ainda esteja em andamento. Eles precisam encerrar a guerra”, complementou.
Apesar da fala do presidente da Ucrânia, o governo da Rússia afirmou que o evento acontecerá mesmo com as supostas ameaças. “Zelensky faz muitas declarações, a maioria sem sucesso”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov. “O desfile acontecerá e nós o assistiremos com orgulho”.
Cessar-fogo temporário
A troca de declarações entre Moscou e Kiev acontece no momento em que Putin anunciou, no início da semana, um cessar-fogo unilateral de três dias. A trégua proposta pelo presidente da Rússia deve acontecer entre os dias 8 e 10 de maio, quando Moscou receberá lideranças mundiais para o 80º aniversário do Dia da Vitória.
Mesmo que tenha aceitado um acordo anterior de cessar-fogo parcial, quebrado diversas vezes por ambas as partes, Zelensky ainda não revelou se aceitará a trégua de três dias.
Ao invés disso, o líder ucraniano chamou a proposta de Putin de “tentativa de manipulação”. Ele ainda cobrou um cessar-fogo incondicional, por um período de ao menos 30 dias.
