Rússia mira região separatista na Moldávia em novos ataques na Ucrânia
“Há evidências de que a população de língua russa está sendo oprimida”, frisa um alto militar russo
atualizado
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O vice-comandante do distrito militar central da Rússia, Rustam Minnekayev, afirmou que o governo russo quer abrir “caminho” para a Transnístria, região separatista na Moldávia.
“O controle sobre o sul da Ucrânia é outro caminho para a Transnístria, onde também há evidências de que a população de língua russa está sendo oprimida”, confirmou.
Nesta sexta-feira (22/4), a agência russa de notícias Interfax divulgou declarações do vice-comandante sobre a estratégia militar atual na Ucrânia.
No mesmo comunicado, o governo russo confirmou que pretende controlar Donbass, no leste, e todo o sul da Ucrânia.
A Transnístria é um território da Moldávia controlado pela Rússia desde a queda da União Soviética. Com o apoio russo, a Transnístria travou uma guerra contra a Moldávia na década de 1990.
Na prática, os russos querem criar um zona entre Crimeia, anexada ao território controlado por Putin em 2014, e Donbass. Com isso, seria possível ter uma porta de entrada para a região separatista da Moldávia.
A Rússia pretende controlar partes da Ucrânia partindo de Kharkiv, ando por Izyum, Luhansky, Donestsk, Mariupol, Melitopol Mykolaiv e Kherso, chegando à Crimeia. Essa é a primeira vez que os russos detalham uma estratégia militar.
A Rússia tomou 42 vilas na região de Donetsk, segundo informou a assessora da presidência ucraniana, Olena Symonenko. As informações são da agência de notícias Reuters. “Isso aconteceu hoje e pode ser que nossas forças as reconquistem amanhã”, explicou Symonenko.
A guerra completa, nesta sexta-feira, 58 dias. A invasão e os bombardeios russos tiveram início em 24 de fevereiro. A mais recente conquista das tropas russas foi o controle da cidade portuária de Mariupol.
Tensão
A tensão no Leste Europeu voltou a subir após ao menos três ataques ucranianos contra o território russo. Como represália, a Rússia ou a atingir mais de mil alvos por madrugada.
A escalada da violência também é influenciada pelo naufrágio do navio militar Moskva, maior embarcação de guerra russa no Mar Morto. A Ucrânia reivindicou o ataque.