JBS reverte ganhos e tem prejuízo de R$ 1,45 bilhão no 1º trimestre
O resultado veio bem pior do que as projeções do mercado; consenso Refinitiv estimava que a JBS tivesse um prejuízo de R$ 296,7 milhões
atualizado
Compartilhar notícia

A JBS encerrou o primeiro trimestre de 2023 com um prejuízo líquido de R$ 1,45 bilhão, revertendo o lucro obtido no mesmo período do ano ado (R$ 5,14 bilhões). O balanço da companhia foi divulgado na noite de quinta-feira (11/5).
O resultado veio bem pior do que as projeções do mercado. O consenso Refinitiv estimava que a JBS tivesse um prejuízo de R$ 296,7 milhões nos três primeiros meses deste ano.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ficou em R$ 1,98 bilhão no período, uma queda de 79,8% em relação ao primeiro trimestre de 2022.
A receita líquida da JBS recuou 4,6%, para R$ 86,6 bilhões. Mesmo assim, foi a segunda maior receita já registrada pela companhia para o período.
“Como apontamos no trimestre ado, esse período enfrentaria alta de custos dos insumos, inflação persistente e desequilíbrio entre oferta e demanda”, explicou o CEO global da JBS, Gilberto Tomazoni. “Todas as movimentações necessárias para reduzir o impacto dessas circunstâncias foram adotadas.”
Segundo o CEO da empresa, os preços elevados de gado nos Estados Unidos, além de um desempenho comercial e operacional “abaixo do esperado”, explicam os resultados.
A Seara, que pertence à JBS e é a principal concorrente da BRF, sofreu com a queda nos preços das exportações. “Tomamos as medidas para reverter a produtividade no campo e o custo dos grãos já se mostra mais favorável”, diz Tomazoni.