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Milei comemora acordo com FMI e promete: “A inflação vai desaparecer”

“Quebramos o último elo da corrente que nos mantinha presos. Eliminamos o controle cambial para sempre”, disse Milei em fala de 22 minutos

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Imagem do presidente da Argentina, Javier Milei, em pronunciamento ao lado de ministros do governo, sentados em uma mesa - Metrópoles
1 de 1 Imagem do presidente da Argentina, Javier Milei, em pronunciamento ao lado de ministros do governo, sentados em uma mesa - Metrópoles - Foto: Reprodução

Acompanhado por ministros e assessores do primeiro escalão do governo, o presidente da Argentina, Javier Milei, fez um pronunciamento, na noite dessa sexta-feira (11/4), em que celebrou a aprovação de um novo acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI).

O acordo, que já havia sido antecipado pelo ministro da Economia, Luis Caputo, prevê um aporte de US$ 20 bilhões. Em tese, o governo argentino poderá utilizar os novos recursos para quitar dívidas do Tesouro junto ao Banco Central, buscando reduzir o endividamento e dar mais previsibilidade ao mercado financeiro.

“Quebramos o último elo da corrente que nos mantinha presos. Eliminamos o controle cambial para sempre”, afirmou Milei em um vídeo de 22 minutos de duração, gravado diretamente da Casa Rosada.

No mesmo dia, o governo argentino anunciou o fim das restrições para a compra de dólares por pessoas físicas – o chamado controle cambial. Assim, depois de 6 anos de vigência dessa política (estabelecida ainda no governo do ex-presidente Mauricio Macri, em 2019), os argentinos não precisarão mais seguir o limite de US$ 200 para compra de divisas no mercado oficial de câmbio.

A partir de segunda-feira (14/4), será possível comprar dólares sem restrições ou limites no mercado oficial. A cobrança de imposto sobre essas operações também será eliminada – ela continuará valendo apenas para turismo e gastos com cartão no exterior.

“Esse programa, entre FMI, Banco Mundial, BID [Banco Interamericano de Desenvolvimento] e Banco Central totaliza US$ 32 bilhões, dos quais US$ 19,6 bilhões serão liberados de forma imediata. Assim, em maio as reservas brutas do Banco Central, estarão em torno de US$ 50 bilhões”, afirmou Milei.

“Com esse nível de reservas, podemos respaldar todos os pesos em circulação, oferecendo mais segurança monetária aos nossos cidadãos”, completou o presidente da Argentina, falando no início de uma “era dourada” no país. “Damos por encerrado o processo de saneamento macroeconômico”, prosseguiu Milei.

O que aconteceu na Argentina

Ao assumir a Presidência da República, em dezembro de 2023, o Milei inicialmente pôs fim ao congelamento da taxa de câmbio oficial no país e desvalorizou o peso argentino em 54%. O câmbio oficial ou para 800 pesos por dólar, em meio a uma política de desvalorização de 2% ao mês (menor do que a inflação mensal).

Com o fortalecimento do peso ao ser desvalorizado abaixo da inflação, o dólar acabou perdendo parte de sua capacidade de compra em relação ao custo de vida, gerando o fenômeno da inflação em dólares.

Além dessas medidas, o governo argentino instituiu uma âncora fiscal (que contribuiu decisivamente para a redução dos gastos públicos) e uma âncora monetária (com a suspensão da emissão de dinheiro para financiar o Tesouro).

O resultado foi uma queda expressiva da inflação e da pobreza no país durante o primeiro ano de mandato do presidente argentino.

“Foi um o necessário para corrigir décadas de horrores econômicos. Fizemos a lição de casa e somos o aluno exemplar. Somos um dos cinco países no mundo que gasta apenas o que arrecada. Nem um peso a mais”, disse Milei.

“A inflação vai desaparecer”

No pronunciamento, Javier Milei prometeu acabar com a inflação no país.

“A inflação vai desaparecer porque não haverá pesos sem respaldo”, garantiu. “Por tudo isso, a recuperação que vínhamos observando havia meses agora se acelera e se transforma em crescimento sustentado. Nessas condições, a Argentina será o país de maior crescimento econômico e, em vez de falarmos de crescimento em ritmo chinês, será em ritmo argentino”, disse.

“Seremos o país com maior crescimento nos próximos 30 anos. Não será da noite para o dia. Fizemos a lição de casa para mitigar qualquer volatilidade. A inflação vai colapsar inevitavelmente, apesar dos que tentam frear a mudança.”

Em 2024, a inflação na Argentina ficou em 117,8%, despencando 94 pontos percentuais em relação ao ano anterior, de acordo com o Instituto Oficial de Estatísticas (Indec). Em dezembro do ano ado, a taxa mensal foi de 2,7% em relação a novembro. Em janeiro de 2025, o índice desacelerou para 2,2%. Em fevereiro, a Argentina registrou uma inflação de 2,4%. Em março, segundo dados divulgados pelo Indec nessa sexta-feira (11/4), o índice foi de 3,7%.

Na base anual, a inflação ficou em 55,9% em março – a mais baixa desde 2022. A título de comparação, em janeiro, a inflação anual argentina sido de 84,5% e, em fevereiro, de 66,9%. Em 2023, a taxa acumulada em 12 meses superava os 200%.

“Vamos restaurar o patrimônio do Banco Central e acabar com a inflação. Pela primeira vez na história, a Argentina tem suas contas em ordem. Não há razão para turbulências internas ou externas. Se algo ocorrer, sofreremos menos e nos recuperaremos mais rápido”, continuou o líder argentino.

Apesar da queda da inflação e da pobreza no país, um dos grandes problemas da economia argentina continua sendo a falta de reservas internacionais, que são ativos em moeda estrangeira que um país possui e funcionam como uma espécie de proteção contra crises econômicas.

Em janeiro de 2025, a Argentina tinha cerca de US$ 22,1 bilhões em reservas internacionais – uma queda de 9% em relação a dezembro de 2024 (US$ 24,3 bilhões). O FMI projeta que o país necessite de US$ 47 bilhões em reservas.

“Essas são as bases para um crescimento sustentado e de longo prazo. Vamos crescer como nunca antes. Haverá aumento no investimento e no consumo, e o risco-país vai cair”, prometeu Milei.

“O ajuste fiscal garante um piso de crescimento de 4,5%, ao qual se somam as reformas estruturais, da Lei Bases e das desregulamentações do ministério, que já somam mais de 1,7 mil reformas em curto prazo. Haverá mais investimento estrangeiro direto”, concluiu.

Ao lado de Milei, durante o pronunciamento presidencial, estavam os ministros Luis Caputo (Economia) e Patricia Bullrich (Segurança), além do chefe de gabinete da Presidência, Guillermo Francos.

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