Pacote histórico de gastos na Alemanha faz bolsas subirem na Europa
O índice DAX, da Bolsa de Frankfurt, renovou sua máxima histórica durante o pregão e encerrou o dia avançando 1,03%, aos 23,3 mil pontos
atualizado
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Os principais índices das bolsas de valores da Europa fecharam em alta nesta terça-feira (18/3), impulsionados pelo otimismo dos mercados com a aprovação de uma histórica reforma fiscal na Alemanha, para abrir espaço para mais gastos públicos.
O que aconteceu
- O Stoxx 600, que reúne as 600 maiores empresas europeias listadas em bolsas, subiu 0,59%, aos 554,18 pontos.
- O índice DAX, da Bolsa de Frankfurt, renovou sua máxima histórica durante o pregão (23.476,01 pontos) e encerrou o dia avançando 1,03%, aos 23,3 mil pontos.
- Entre os principais destaques da sessão, ações ligadas aos setores de defesa e automotivo, como Rheinmetall (+5,41%) e Bayer (+3,89%), lideraram os ganhos.
- Na Bolsa de Londres, o FTSE 100 fechou em alta de 0,29%, aos 8,7 mil pontos.
- O índice CAC 40, em Paris, teve ganhos de 0,5%, aos 8,1 mil pontos.
- Na Bolsa de Valores de Madri, o Ibex 35 subiu 1,51%, aos 13,3 mil pontos.
- Em Lisboa, o índice PSI 20 fechou em alta de 1,07%, aos 6,9 mil pontos.
- Na Bolsa de Milão, o FTSE MIB encerrou o pregão avançando 1,31%, aos 39,5 mil pontos.
Pacote alemão aprovado
Após um acordo envolvendo o futuro chanceler alemão, Friedrich Merz, e o Partido Verde para a aprovação do pacote de investimentos nos setores de infraestrutura e defesa, o projeto foi aprovado em primeira votação no Parlamento.
No último domingo (16/3), a Comissão de Orçamento do Parlamento alemão já havia aprovado a proposta, que deve ser votada em plenário na terça-feira (18/3).
O texto ainda precisa ser aprovado pelo Senado, provavelmente na sexta-feira (21/3), antes de ser encaminhado para sanção.
O pacote de gastos abre espaço no orçamento alemão para o aumento de despesas com defesa, em meio à preocupação generalizada com a segurança dos países europeus.
A Alemanha e outras nações do bloco têm sido pressionadas a reforçar suas defesas diante do comportamento hostil do governo da Rússia liderado por Vladimir Putin.
“Há, pelo menos, uma década, nós temos uma falsa sensação de segurança”, afirmou o futuro chanceler alemão aos congressistas antes da votação no Parlamento.
“A decisão que estamos tomando hoje sobre a prontidão da defesa não pode ser nada menos do que o primeiro grande o em direção a uma nova comunidade de defesa europeia”, concluiu Merz.