“A vida vale um retrovisor?”, diz pai de vítima esmagada por Porsche
O pai de Pedro Kaique Figueiredo, morto na colisão com um Porsche na zona sul de SP, afirmou que o filho foi atropelado de forma intencional
atualizado
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São Paulo — O pai de Pedro Kaique Ventura Figueiredo, morto em uma colisão com um Porsche na Avenida Interlagos, zona Sul de São Paulo, na madrugada desta segunda-feira (29/7), disse que o filho foi atropelado de forma intencional. Segundo ele, o motorista do Porsche, o empresário Igor Ferreira Salceda, de 27 anos, acertou a traseira da moto de Pedro Kaique com a intenção de matá-lo.
“Ele veio na intenção de matar meu filho. Ele atingiu meu filho por trás, pelas costas”, disse Alex Russo Figueiredo, em frente ao 11º Distrito Policial de São Paulo, onde o caso foi registrado.
O atropelamento teria ocorrido após uma briga no trânsito. Durante a discussão, Pedro Kaique teria quebrado o retrovisor do Porsche. Nesse momento, teve início a uma perseguição, que durou cerca de dois quilômetros.
“Eu só queria saber por que ele fez isso. Por mais que ele tenha quebrado o retrovisor ou algo do tipo, não justifica ele ter tirado a vida do menino. A vida vale um retrovisor? Agora ele vai poder voltar atrás e trazer meu filho para dentro de casa, para dentro da família">
Assista à declaração do pai:
O motorista do Porsche fez o teste do bafômetro, que, segundo o advogado da vítima, não indicou a presença de álcool no sangue. Ele foi até o Instituto Médico Legal (IML), onde ou por um exame toxicológico, e retornou ao DP para ser ouvido.
“Houve a discussão, mas por mais que seja por um retrovisor ou algo do tipo, não quer dizer que ele tem o direito de ir lá e atentar contra a vida de outra pessoa. Ele podia ter pegado a placa, feito boletim de ocorrência. Mas ele pegar e simplesmente tirar a vida do garoto">