Caso Gritzbach: 15 PMs são mantidos presos após audiência de custódia
Decisão foi tomada pela Justiça Militar após audiência de custódia nesta sexta-feira (17/1). Os PMs foram presos em operação nessa quinta
atualizado
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São Paulo — A Justiça Militar manteve a prisão dos 15 PMs suspeitos de envolvimento na morte de Vinícius Gritzbach, delator do Primeiro Partido da Capital (PCC), executado em novembro do ano ado em frente ao Aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo. A manutenção das prisões foi confirmada em audiência de custódia na tarde desta sexta-feira (17/1).
Entre os suspeitos, 14 prestavam escolta privada ao empresário, apesar do histórico criminal de Gritzbach. Eles também são investigados por suspeita de ligação com a facção criminosa.
Outro agente preso é o policial militar da ativa, o cabo Dênis Antonio Martins, que foi identificado como suspeito de ser o autor dos disparos que mataram o delator do PCC.
Entenda o caso:
- Gritzbach foi assassinado em novembro do ano ado em frente ao Aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo. O homem de 38 anos era jurado de morte do PCC;
- Durante uma delação explosiva, Gritzbach detalhou como a facção lavava dinheiro, além de revelar as extorsões realizadas por policiais civis. Tanto policiais civis quanto militares investigados pela força-tarefa foram afastados de suas funções;
- Uma operação da Corregedoria da Polícia Militar do Estado de São Paulo que busca policiais militares acusados de envolvimento com o Primeiro Comando da Capital (PCC) prendeu 15 suspeitos de participação na morte de Vinícius Gritzbach, nessa quinta-feira (16/1);
- Entre os agentes presos está o policial militar da ativa, Dênis Antonio Martins, identificado como o autor dos disparos que mataram o delator do PCC;
- A Operação Prodotes teve início após uma denúncia anônima recebida em março de 2024, apontando possíveis vazamentos de informações sigilosas que favoreciam criminosos ligados ao PCC;
- A investigação indica que policiais militares prestavam escolta privada a Gritzbach, apesar de seu histórico criminal. Segundo as apurações, tais ações caracterizavam a integração de policiais à organização criminosa;
- Além disso, a investigação indica que informações estratégicas vinham sendo vazadas por policiais militares, incluindo da ativa, da reserva e ex-integrantes da instituição. Isso permitiu que membros do PCC evitassem prisões e prejuízos financeiros.
Tarcísio diz que casos serão “severamente punidos”
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) elogiou as polícias, nessa quinta-feira (16/1), após a prisão dos 15 PMs por Operação da Corregedoria.
“As polícias de São Paulo têm compromisso inegociável com a ética e legalidade. Desvios de conduta serão severamente punidos e submetidos ao rigor da lei”, disse Tarcísio no X, antigo Twitter, na quinta-feira (16/1).