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Fraude do INSS: investigada fez 33 viagens e recebe pensão de R$ 8 mil

Advogada Cecília Rodrigues Mota presidiu 2 entidades de aposentados no Ceará e é suspeita de ter reado propina a dirigentes do INSS

atualizado

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Foto colorida de Cecília Rodrigues Mota
1 de 1 Foto colorida de Cecília Rodrigues Mota - Foto: Reprodução/ CRM

São Paulo — Suspeita de ser uma das operadoras do bilionário esquema de fraudes contra aposentados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), a advogada Cecília Rodrigues Mota (foto em destaque) fez 33 viagens no auge da farra dos descontos indevidos, revelada pelo Metrópoles, e recebeu, ao menos até novembro do ano ado, pensão mensal de R$ 8,2 mil paga pelo órgão federal.

Segundo o Portal da Transparência do governo federal, Cecília tem direito a pensão desde 1990 por ser filha de Vicente Rodrigues de Souza, que foi técnico do INSS e ingressou no serviço público em 1954. Em novembro de 2024, último mês com registro de pagamentos à pensionista, ela recebeu R$ 13,9 mil líquidos — o valor foi inflado pelo recebimento de uma gratificação natalina.

A pensão, no entanto, não é a principal fonte de renda de Cecília. A advogada é investigada pela Polícia Federal (PF) por ter movimentado R$ 14 milhões. Por meio de seu escritório, ela teria recebido valores de associações investigadas nas fraudes e reado para empresas de familiares de dirigentes do INSS.

A PF abriu inquérito para apurar os desvios de aposentadorias em dezembro de 2023, após o Metrópoles iniciar uma série de reportagens revelando o esquema, que pode ter desviado até R$ 6,3 bilhões de mais de 6 milhões de aposentados por meio de cobranças de mensalidade associativa direto da folha de pagamento.

Uma empresa da qual Cecília é sócia, a Highway Comercio e Serviços de Informática, recebeu mais de R$ 1,7 milhão de escritórios de advocacia, entidades de aposentados e pessoas físicas ligadas à farra do INSS. Da Highway, a advogada recebeu pelo menos R$ 659 mil.

Presidente de associações

Há outros indícios de aumento da renda da investigada à medida que o esquema de descontos de entidades associativas crescia. Não há registros de Cecília como contribuinte individual entre março de 2020 e abril de 2024. Depois de quatro anos sem contribuir, ela declarou a partir de maio de 2024 uma renda que chegou a alcançar R$ 100 mil.

Advogada e servidora federal aposentada, Cecília já foi presidente de entidades associativas ligadas à farra do INSS. Ela presidiu a Associação dos Aposentados e Pensionistas Nacional (AAPEN) e a Associação dos Aposentados e Pensionistas do Brasil (AAPB) ao mesmo tempo, entre 29 de março de 2017 e 14 de fevereiro de 2020.

As entidades chegaram a funcionar concomitantemente no mesmo endereço, em Fortaleza (CE). A coincidência fez a Controladoria-Geral da União (CGU) acreditar que seja uma única associação.

“Tal relacionamento, assim como o compartilhamento de endereço, sinalizam para a possibilidade de se tratar de uma organização única, dividida para possibilitar ganhos de mercado”, diz o relatório do órgão.

Aumento de viagens

A investigação também destacou que, entre janeiro e novembro de 2024, a advogada fez 33 viagens, incluindo destinos internacionais comoDubai, Paris e Lisboa. Em 2023, ela viajou oito vezes. Nas idas à Europa e à Àsia, no ano ado, pessoas que receberam valores das empresas de Cecília a acompanharam.

Ela fez dezenas de viagens com seis pessoas que receberam quase R$ 3 milhões em múltiplas operações. Algumas dessas pessoas eram ligadas a Maria Paula de Oliveira, irmã do procurador afastado do INSS, Virgilio Oliveira Filho, e a Eric Fidelis, filho de André Fidelis, ex-diretor de Benefícios do órgão, demitido no ano ado após as reportagens do Metrópoles.

A reportagem não conseguiu localizar a defesa de Cecília Rodrigues Mota. O espaço segue aberto para manifestação.

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