Morte no metrô: projeto de lei de deputado obriga sensores de presença

São Paulo — O deputado estadual Emidio de Souza (PT) protocolou um projeto de lei que obriga a instalação de sensores de presença e botões de emergência nos trens e plataformas das estações de metrô de São Paulo.

A iniciativa ocorre após um ageiro morrer durante embarque na estação Campo Limpo, da Linha 5-Lilás, na zona sul da capital paulista, na última terça-feira (6/5). Lourivaldo Ferreira Silva Nepomuceno, de 35 anos, ficou preso entre as portas do metrô e da plataforma.

O texto diz que o projeto “visa suprir uma falha gravíssima no sistema de segurança do transporte metroviário paulista, cuja omissão custou a vida de um cidadão” e que “a tragédia poderia ter sido evitada”.

O que o projeto prevê:

• Instalação de sistemas de segurança destinados à prevenção de acidentes durante o embarque e desembarque de ageiros no metrô.
• Sensores de presença ou de movimento instalados no vão entre a plataforma e as portas dos trens, capazes de impedir a partida do trem diante da detecção de pessoas ou objetos nesse espaço.
• Botões de emergência de fácil o, localizados nas plataformas e nos vagões, conectados ao centro de controle operacional e aptos a acionar automaticamente o bloqueio do deslocamento do trem.
• Aprimoramento dos sensores de obstrução nas portas dos trens, de modo a impedir a partida sempre que detectada a presença de qualquer pessoa ou objeto no campo de fechamento.
• Protocolos operacionais automáticos que assegurem a imediata paralisação ou impedimento da partida do trem nas hipóteses previstas nos incisos anteriores.

MP investiga morte no metrô

O Ministério Público de São Paulo (MPSP) abriu investigação para verificar a segurança da Linha 5-Lilás do metrô. A promotoria fez questionamentos para a ViaMobilidade, que istra a linha, sobre as condições do transporte e eventuais falhas no embarque e desembarque. A Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) e o governo estadual também foram notificados.

O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCESP) havia notificado a concessionária e deu cinco dias para esclarecimentos.

Morte no metrô

• O acidente com morte ocorreu por volta das 8h de terça-feira (6/5).
• A ViaMobilidade lamentou em nota o falecimento do ageiro.
• Segundo registros oficiais aos quais o Metrópoles teve o, um dos agentes da concessionária relatou que estava com colegas próximo às catracas quando ouviu um barulho que vinha do ponto de embarque e desembarque.
• “Imediatamente, se dirigiram ao local, onde avistaram a vítima, posteriormente identificada como Lourivaldo Ferreira Silva Nepomuceno, com seu corpo paralelo e junto à linha férrea, de bruços”, conforme consta no testemunho.
• A vítima apresentava ferimento na região do crânio e já não tinha sinais vitais.
• A ocorrência foi registrada pela Polícia Civil como morte suspeita e acidental.